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domingo, 21 de setembro de 2014

Estado de alerta

Vazão do Rio Mogi Guaçu cai a seis metros cúbicos por segundo. Operação garante abastecimento, diz Samae.

Estiagem na região é a mais severa dos últimos 100 anos (Foto: Divulgação)
O Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto) instalou sistema alternativo de captação de água bruta para compensar a diminuição da vazão do Rio Mogi Guaçu, informou a Prefeitura Municipal, em nota, no final da tarde de ontem (19). A ação rápida evitou o desabastecimento e afastou o risco de racionamento.
O volume da vazão do rio que abastece Mogi Guaçu (SP) e outras cidades da região foi reduzido de nove para seis metros cúbicos por segundo, no final da tarde da última quarta-feira (17), em operação de controle da AES Tietê, que administra a PCH (Pequena Central Hidrelétrica) da Cachoeira de Cima.
A empresa diminuiu o fluxo das comportas porque a volume que chega à represa da PCH caiu a um nível preocupante e não havia como manter a vazão maior nas comportas, pois baixaria o nível da represa e impossibilitaria o deslocamento de peixes que sobem à cabeceira para se reproduzir.
A operação não afeta a principal estação de captação de água bruta do Samae porque ela funciona na represa, de onde extrai 70% de todo o volume que é tratado na ETA (Estação de Tratamento de Água) do Morro Vermelho, no Jardim Bela Vista. Mas a redução da vazão a menos de oito metros cúbicos por segundo impossibilita que a água do leito do rio alcance o ponto de sucção por bombas do sistema da estação secundária, no Bairro do Limoeiro (Jardim Nova Mogi Guaçu), responsável pela captação dos outros 30%. 
Mogi Guaçu capta e trata, atualmente, 2.200.000 litros de água. Dois terços dessa quantidade são captados na represa da PCH e um terço na estação do Limoeiro. Em média, a demanda da captação pelo Samae corresponde a 10% da vazão do Rio Mogi Guaçu, que, no ano passado, variou entre 100 a 200 metros cúbicos por segundo.
Em 2014, neste mesmo período, devido aos efeitos da estiagem prolongada, a vazão caiu para entre 10 a 20 metros cúbicos por segundo, chegando a nove antes de a AES Tietê ter reduzido para seis. “Os relatórios que recebi mostram que é a estiagem mais violenta dos últimos 100 anos”, enfatizou Walter Caveanha, que é o atual presidente do CBH-Mogi (Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Mogi Guaçu).
Em face das circunstâncias, o prefeito reiterou apelo para que a população se conscientize e colabore economizando água. Walter Caveanha destacou a importância da represa da PCH construída em sua segunda gestão (1989-1992), não só por servir para evitar enchentes, mas, principalmente, para o abastecimento de água para Mogi Guaçu e Mogi Mirim (SP). É dali que a nova adutora que o Samae está construindo captará água bruta para suprir a demanda da ETA, que terá sua capacidade ampliada em 30% para tratar até 3.000 metros cúbicos por hora.
Elias Fernandes explica que, por ser de ferro fundido, com bitola de um metro, a nova adutora suportará pressão tanto por gravidade quanto por bombeamento, ao contrário da atual, que, por ser de concreto, é mais frágil e suscetível a vazamentos.
Ao custo de quase R$ 5,8 milhões, somados R$ 3,55 milhões do Governo Federal e R$ 2,25 milhões em recursos próprios do Samae, como contrapartida, a obra deve ser concluída até janeiro de 2015. Já a ampliação da ETA receberá investimento de R$ 14 milhões, sendo cerca de R$ 8,5 milhões a fundo perdido, repassados pela Caixa Econômica Federal, e R$ 5,5 milhões do Samae.   fonte: http://www.portalmogiguacu.com.br/materia.php?id=2011

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