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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Julgamento de médicos acusados de matar criança é adiado em Poços

Sessão começou com 1h40 de atraso e foi adiada após pedido do MP.

Nova data do julgamento foi pré-marcada para o dia 9 de outubro.

Médicos acusados chegam para o julgamento em Poços de Caldas (Foto: Jéssica Balbino / G1)Médicos acusados chegam para o julgamento em Poços de Caldas
Conforme previsto, o julgamento dos médicos acusados de matar e retirar irregularmente os órgãos do menino Paulo Pavesi, morto em 2000, foi adiado em Poços de Caldas (MG). Após 1h40 de atraso, a sessão foi aberta na manhã desta quinta-feira (31) no Fórum da cidade e logo depois suspensa pelo juiz Narciso Alvarenga Monteiro de Castro após pedido do Ministério Público. Uma nova data para o julgamento foi pré-marcada para o dia 9 de outubro, entre o primeiro e o segundo turno das eleições.
Antes da sessão ser adiada, os 25 jurados previamente selecionados pela Justiça chegaram a ser convocados no plenário. Os quatro réus, os médicos Álvaro Ianhez, José luiz Bonfitto, José Luiz Gomes e Marco Alexandre Pacheco da Fonseca, compareceram ao plenário. Em seguida, o promotor de Justiça titular da vara da Comarca de Poços de Caldas, Sidney Boccia, recebeu a palavra e solicitou a transferência do julgamento para a Comarca de Belo Horizonte (MG).
Juiz responsável pelo caso chega ao plenário em Poços de Caldas (Foto: Jéssica Balbino / G1)Juiz responsável pelo caso chega ao plenário em
Poços de Caldas (Foto: Jéssica Balbino / G1)
"Eu retornei de férias ontem [quarta-feira] e fiquei surpreso com o bombardeio de mensagens subliminares feitas pelo CRM (Conselho Regional de Medicina) e também pela Associação dos Médicos de Poços de Caldas na imprensa. Concluo que houve abuso de poder econômico e político em favor dos réus e que isso pode influenciar um pré-julgamento por parte do corpo de jurados, que por viver na Comarca, tem contato com os réus e também com os fatos. E se a Associação dos Médicos tem poder econômico para sustentar tais informes publicitários, que arque também com o ônus deste adiamento", disse no plenário.
Os promotores de Belo Horizonte, Marcelo Matar e Francisco de Assis designados para o caso não estiveram presentes no plenário. Os advogados dos réus José Luiz Gomes e Álvaro Ianhez conversaram com o G1"Nossa linha de defesa é afirmar a inocência dos réus, que apesar do processo extenso, não praticaram homicídio! Houve uma exumação que provou que o menino morreu em virtude da queda e não de qualquer erro médico", disse Dorio Ferreira Grossi, advogado de Gomes.
"Para a defesa é indiferente o júri acontecer nesta ou em qualquer outra comarca. Temos certeza que as provas encaminharão a sentença para uma absolvição. O que nos incomoda é o fato de que o Ministério Público desconfie da isenção da comunidade de Poços de Caldas, colocando à prova a imparcialidade dos jurados", disse Leonardo Bandeira, advogado de Álvaro Ianhez.
Início de júri de médicos tem atraso em Poços de Caldas (Foto: Jéssica Balbino / G1)Início de júri de médicos começou com atraso em Poços de Caldas
Os réus do julgamento são quatro médicos: O nefrologista Álvaro Ianhez, o anestesiologista Marco Alexandre Pacheco da Fonseca, o intensivista José Luiz Bonfitto e o neurocirurgião José Luiz Gomes da Silva. Eles são acusados de retirar em 2000 os órgãos do garoto Paulo Pavesi, de dez anos, que caiu de uma área a dez metros do chão. O exame que apontou a morte cerebral teria sido forjado e o garoto ainda estaria vivo no momento da retirada dos órgãos. Os quatro negam qualquer irregularidade tanto nos exames quanto nos transplantes aos quais o garoto foi submetido.    fonte:  G1 Sul de Minas/fotos e texto por Jéssica Balbino   http://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/2014/07/julgamento-de-medicos-acusados-de-matar-crianca-e-adiado-em-pocos-mg.html

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