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quinta-feira, 6 de março de 2014

São João tem 1ª casa de energia solar conectada à Elektro

Previsão é de que em 60 dias o sistema esteja cadastrado na Agência Nacional de Energia Elétrica

A residência localizada na rua Teodoro Paulucci, Jardim Nova São João, será a primeira do sistema da Elektro a gerar energia solar. As obras serão iniciadas no mês de março e a previsão para a ligação na rede da Elektro é em abril deste ano. Em até 60 dias, o sistema estará devidamente cadastrado na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
 
A casa segue a Resolução 482/2012 da Aneel, e terá um sistema chamado de “grid-tie” —sistemas conectados. A Resolução 482/2012 regulamenta o sistema de compensação de energia elétrica e o acesso de sistemas de geração distribuídas com potências instaladas menores ou iguais a 100 KW (microgeração) à rede de distribuição.
 
O sistema está sendo implantando pela empresa mineira Alba, sob responsabilidade dos engenheiros Fernando Costa e Marcos Campanharo. “Esse sistema também pode ser chamado de ‘autoconsumo’, pois o proprietário produz sua própria energia elétrica, podendo ‘zerar’ sua conta mensal. Além desse benefício, se o sistema produzir mais energia do que o consumo da residência, a energia extra produzida fará o com que o consumidor obtenha créditos, que poderão ser utilizados no próximo mês, ou em outra propriedade do proprietário, desde que esteja na mesma área de concessão da Elektro”, explica o engenheiro responsável, Marco Campanharo.
 
Conforme explica Marcos, o sistema fotovoltaico grid-tie projetado para essa residência tem uma potência de geração de 1.600 Watts de pico e é composto por seis painéis solares policristalinos italianos de 250 Watts cada; um inversor de frequência de 1.600 Watts chinês da empresa B&B Power; cabos especiais para sistemas solares da empresa sanjoanense Dacota Condutores Elétricos, dispositivo de seccionamento visível e protetores elétricos. “Todos os nossos equipamentos (painéis solares e inversores) já foram aceitos pela equipe de engenheiros da concessionária e todos estão em conformidade com as normas vigentes no território brasileiro”, diz o engenheiro.
 
CUSTO BENEFÍCIO
Marcos explica que o sistema solar é instalado com equipamento e materiais próprios e não interfere em nada na construção, estrutura e estética da residência. “O custo/benefício está no conforto do proprietário em utilizar energia elétrica sem preocupação, seja instalando ares condicionados ou mesmo comprando uma televisão a mais e não assustando no final do mês com contas gigantescas”.
 
Ele estima que o retorno do investimento para esse o sistema instalado em São João da Boa Vista é de dez anos, porém ele tem uma vida útil de 30 anos. “Para sistemas maiores, esse retorno cai para seis anos”, reforça.
 
GERAÇÃO E CONSUMO
Conforme dados do relatório Um Banho de Sol para o Brasil, do Instituto Vitae Civilis, o país, por conta de sua localização e extensão territorial, recebe energia solar da ordem de 1.013 mega Watt hora (MWh) anuais, o que corresponde a cerca de 50 mil vezes o seu consumo anual de eletricidade. “Apesar disso, possuímos poucos equipamentos de conversão de energia solar em outros tipos de energia, que poderiam estar operando e contribuindo para diminuir a pressão para construção de barragens para hidrelétricas, queima de combustíveis fósseis, desmatamentos para produção de lenha e construção de usinas atômicas”, afirma Marcos.
 
O engenheiro ainda lembra que assim como a eólica e a do mar, a energia solar se caracteriza como inesgotável e é considerada uma alternativa energética muito “promissora para enfrentar os desafios da expansão da oferta de energia com menor impacto ambiental”. “Hoje, aproximadamente 20% da energia produzida no Brasil é destinada ao uso residencial e comercial. O último estudo divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), em 2012, do Ministério de Minas e Energia, apontou que a produção residencial de energia solar já é economicamente viável para mais de 16 % dos domicílios brasileiros —aproximadamente dez milhões de residências”.
 
Se essas dez milhões de residências produzissem sua própria energia, haveria uma “sobra” de 3,2% de energia na matriz energética do país. “É energia suficiente para aproximadamente dois anos de aumento da demanda brasileira, previsto pela IEA (Agência Internacional de Energia)”. (fonte:O Município/Bruna Mazarin)

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