Falta de água coloca Mogi Guaçu em alerta

Chuvas de forma inadequadas há vários dias forçaram o Samae a emitir nesta segunda-feira um alerta sobre o desperdício de água nas residências, comércio e indústrias. A captação é feita no Rio Mogi Guaçu que está com níveis abaixo do normal em virtude dos índices pluviométricos aquém do esperado. O sinal amarelo foi acionado

 “Neste momento, é fundamental evitar o desperdício de água”, destacou o superintendente do Samae, Elias Fernandes de Carvalho. O executivo da companhia municipal está baseado nos índices pluviométricos que estão ficando abaixo do esperado.

O Cepagri (Centro de Pesquisas Metereológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), da Unicamp, confirmou que a média de temperatura máxima para janeiro deste ano alçou a 33,1° ante a média máxima clássica, desde 1988.

A sensação de calor é mais abrasiva, segundo a pesquisadora Priscila Coltrim, em virtude das chuvas irregulares. Até o momento, choveu 152,7 milímetros, o que corresponde à média fora do padrão para o período. “Janeiro fechou com os piores índices pluviométricos nos últimos 10 anos”, informou. “A média para este mês seria de 280 milímetros”, afirmou.

O diretor de obras do Samae, Mario Antonio Zaia, adiantou que autarquia está executando obras para melhorar o sistema de abastecimento da cidade, porém os resultados só aparecerão em médio prazo. “Uma dessas obras é a construção de uma nova adutora que vai captar a água do reservatório da PCH (Pequena Central Hidrelétrica) da Cachoeira de Cima”, observou Zaia.

A campanha de conscientização visa publicar mensagens em jornais alertando o risco da falta de água neste período. Panfletos serão ser anexados nas contas de água e com isto espera-se alcançar todos os usuários do sistema de abastecimento.

“Economizar não é importante apenas por atender à campanha do Samae, mas é uma maneira de a própria população contribuir para a normalidade do serviço”, definiu Elias de Carvalho. (Jornal do Guaçu)