Com mandato até 2017, ex-jogador Rivaldo vem sofrendo duras críticas à frente da presidência do Sapo.
Para o clube, fim das categorias de passe e repasse de terrenos são assuntos encerrados (Foto: Rafael Bertanha / Eaí? Produções) |
A situação não está nada fácil para o ex-jogador e presidente do Mogi Mirim, Rivaldo. À frente do Sapo desde 2008, ele acumula cerca de R$ 14 milhões em dívidas do clube e ainda transferiu a propriedade de dois Centros de Treinamento que eram do Mogi para o próprio nome, a fim de abater esses débitos. Nos últimos meses, os terrenos se valorizaram, e a dívida cresce em velocidade ainda maior. Em setembro do último ano, Rivaldo passou a ser o proprietário dos CTs de Mogi Guaçu e Estrada de Limeira. A dívida do clube com o presidente era de cerca de R$ 12,560 milhões, mas ela diminuiu e passou a ser de R$ 5,690 milhões graças à transferência das propriedades avaliadas em R$ 6,870 milhões.
Os números cresceram rapidamente desde então: na semana passada, Rivaldo afirmou que o débito declarado que o Mogi Mirim possui com ele está atualizado para R$ 8,738 milhões.
Em contrapartida, as propriedades transferidas se valorizaram. Contratado pelo clube no início de 2013 para realizar as avaliações, o corretor Laércio Caleffi calculou que o CT de Mogi Guaçu estava estimado em R$ 5.022 milhões. Desde então, segundo Caleffi, o terreno se valorizou em R$ 1,5 milhão. “Foi construído o Buriti Shopping por perto, que na época era uma promessa, além de outras coisas que fizeram se valorizar em cerca de 30%”, explicou o profissional em entrevista ao Portal Terra.
A cobertura do assunto irritou Rivaldo nos últimos dias. O presidente chegou a vetar a presença da mídia de Mogi Mirim nos treinos da equipe, mas depois voltou atrás e se desculpou. Rivaldo assegura que não tem intenção em vender os valorizados terrenos que estão cedidos ao clube por ele, por contrato, até 2017.
Ídolo como jogador nos anos 90, Rivaldo hoje tem relação difícil com os torcedores. Na Série C do Brasileiro, apesar da ótima campanha do Mogi, ele é vaiado constantemente durante os jogos no Estádio Romildão. Batizar o antigo Estádio João Paulo II com o nome do pai, Romildo Vítor Ferreira, é uma das maiores polêmicas da gestão de seis anos de Rivaldo. A família é presente também nos cargos mais importantes: a mulher, Eliza Kaminski Ferreira, foi nomeada vice-presidente. Rivaldo Júnior, filho de 19 anos e que joga pelo clube, é presidente do Conselho Deliberativo.
Consideradas um êxito durante a gestão de Rivaldo, as divisões de base eram administradas pela empresa Energy Sports, e tiveram o ponto alto com o título do último Campeonato Paulista Sub-20. Com a saída dos investidores, o presidente desativou os times Sub-15 e Sub-17. Segundo a assessoria de imprensa do Mogi Mirim, o assunto relativo aos Centros de Treinamento e as dívidas do clube é caso encerrado. Em defesa, Rivaldo emitiu nota oficial recentemente. Ele ameaça interromper o mandato e deixar a presidência após o Campeonato Paulista 2015. fonte: http://www.portaldemogimirim.com.br/materia.php?id=1628 *Com informações do Portal Terra.
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