A filmagem de um homem se masturbando em um ônibus coletivo foi postada em uma rede social. O vídeo está levando as pessoas a buscarem informações da localização do ‘tarado’. Ele foi identificado nas redes sociais nesse domingo (10) como sendo morador em Estiva Gerbi e ter se envolvido em outras ocorrências de atos obscenos. Embora a imagem mostre rapidamente o rosto do agressor sexual, diversas vítimas o reconheceram.
Uma jovem disse à Gazeta que estava no ônibus, na linha Moacir Guzoni, por volta das 18h45 da última quarta-feira (6), quando percebeu que os passageiros começaram a se movimentar mudando de lugar. O burburinho chamou a atenção. “Algumas mulheres ficaram incomodadas com a presença dele no ônibus. Não sei ao certo o que aconteceu porque elas estavam mais no fundo do ônibus, só vi quando elas começaram a reclamar dele. Aí ele desceu logo em seguida”. O homem desceu tranquilamente, segundo a jovem, em um ponto da Avenida Emília Marchi Martini, no Jardim Paulista. A jovem disse que a viagem prosseguiu e não sabe se alguém registrou Boletim de Ocorrência.
O proprietário de um restaurante em Mogi Guaçu relata que na véspera do feriado, dia 6, precisou retirar o homem do estabelecimento. Pelo horário do episódio do ônibus, ele acredita que o homem foi em seguida para seu comércio. “Ele ficou fazendo aquilo, igual no vídeo. Aí as minhas funcionárias ficaram incomodadas. Aí eu fui perto dele e fiquei encarando ele. Ele parou, levantou e foi embora. Só que tinha uma cerveja e ele estava indo sem pagar. Eu o chamei. Ele já estava bem bêbado. Pediu desculpa por achar que tinha pagado e foi embora”.
O comerciante disse que foi a única vez que ele apareceu lá, mas que marcou bem o rosto dele e afirmou se tratar da mesma pessoa. “Ele estava com a mesma roupa e a mesma mania. Meu motoboy queria dar ‘uns tapas’ nele. Eu que não deixei”. Para evitar que o episódio atrapalhasse o funcionamento do estabelecimento, já passava das 19h, o comerciante preferiu não sair naquele momento e registrar um Boletim de Ocorrência.
No mesmo dia, um Boletim de Ocorrência foi registrado na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) e o setor de investigação está apurando para chegar ao autor do ato obsceno, explicou o delegado José Emídio de Carvalho. O delegado explicou que não basta postar o vídeo nas redes sociais.
Segundo as leis vigentes, é preciso que haja um Boletim de Ocorrência que deve constar dados básicos de loca, data e tem que haver testemunhas que o viram fazendo o ato. “Tragam a qualificação dele, endereço”, incentiva o delegado sobre os comentários de que o homem é conhecido e mora no município vizinho. O delegado também faz um alerta quanto aos comentários de justiça com as próprias mãos. “Não se resolve a questão matando as pessoas”.
Ele explica que as pessoas tem uma falsa compreensão de como funciona a lei e que o ocorrido em São Paulo tem gerado esse tipo de fato.
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