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quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Projeto transforma presídio e vida de detentos em Poços de Caldas

Segundo diretor da unidade, clima ficou mais tranquilo no local.


Projeto em Poços de Caldas criou presídio musical para integração de detentos (Foto: Reprodução EPTV/Marcelo Rodrigues)
Há 5 meses, o ambiente do Presídio de Poços de Caldas ganhouum novo ritmo com projeto de integração (Foto: Reprodução EPTV/Marcelo Rodrigues)
Desde criança, Edmar Rodrigues Camilo toca violão. Já se apresentou em bares e hotéis, mas o envolvimento com o tráfico de drogas o levou à prisão em Poços de Caldas (MG) em fevereiro de deste ano. No entanto, o que parecia ser o fim para o seu talento musical, tornou-se uma oportunidade. Um projeto do presídio da cidade usa a música na integração de detentos.
"Eu não sei fazer nada sem a música", conta Edmar. "E aqui [com o projeto do presídio] ajuda muito porque a gente passa muito tempo trancado. Não tem muitas atividades para você fazer. Você é limitado no que você pode fazer", diz.
Segundo o diretor regional da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), Adriano de Souza Silva, a ideia de transformar a unidade de Poços de Caldas no que vem sendo chamado de "presídio musical" começou a ganhar forma há cinco meses. Edmar virou professor de violão dos colegas e, de acordo com Silva, a rotina no local já mudou.
"Acalmou muito [o clima no presídio] e isso se reflete na rotina diária dos reeducandos", garante o diretor.
Projeto no Presídio de Poços de Caldas, MG, incentiva a aptidão musical entre detentos (Foto: Reprodução EPTV/Marcelo Rodrigues)
Edmar (à esq.) com o aluno Uédson: na cela musical, planospara um futuro mais próximo da música
(Foto: Reprodução EPTV/Marcelo Rodrigues)
No Presídio de Poços de Caldas, há 225 homens e 25 mulheres, entre detentos provisórios, à espera de julgamento, e aqueles que foram condenados pela Justiça. No espaço batizado de "Cela da Música", os alunos de Edmar se reúnem. Uédson Carlos Bergman de Figueiredo é um dos oito participantes.
"A música me acalma, me tranquiliza, me traz pensamentos positivos. Eu fico mais relaxado. Eu tento pensar em coisas melhores", relata Uédson, que ainda precisa cumprir dois anos de pena por assalto.
Para Edmar, os dias de espera pela liberdade ganharam outro sentido. "Nada pode morrer com a gente. Tudo o que a gente sabe a gente tem que passar adiante", diz ele, que já imagina uma vida diferente para o seu futuro.  fonte http://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/2016/09/projeto-transforma-presidio-e-vida-de-detentos-em-pocos-de-caldas-mg.html

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