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quinta-feira, 31 de março de 2016

Professores de São João e Aguaí paralisam aulas e protestam contra governo Alckmin

Alunos também estiveram na manifestação em apoio aos professores e agentes.
(Foto: Wesley Colpani)
Professores e agentes de organização escolar de 11 escolas de São João da Boa Vista (SP) e de duas escolas de Aguaí (SP) paralisaram as aulas nesta quarta-feira (31) e realizaram um protesto contra medidas adotadas pelo governo do Estado de São Paulo, além de pedir melhores condições de trabalho.
Docentes, agentes e alunos, que saíram em passeata pelas ruas se vestiram de preto, usavam nariz de palhaço e apito e levavam em mãos cartazes, onde demonstravam sua insatisfação com o reajuste de 2,5% e levantaram questionamentos sobre o problema relacionado à merenda escolar. Durante o trajeto eles chamaram a atenção e receberam apoio de boa parte da população sanjoanense.
O ato, que teve início por volta das 09h, teve sua concentração em frente à Escola Estadual Coronel Joaquim José, no Centro. A manifestação terminou em frente à Diretoria Regional de Ensino de São João.
NOSSA LUTA
Professora de geografia, Gisele Silva Villas-Boas, contou que o ato surgiu por insatisfação dos próprios professores e dos agentes, embora o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeosp) tenha apoiado, o ato foi uma iniciativa dos profissionais. “Nossa luta é por reajuste salarial, respeito, melhores condições de trabalho e também pela educação! Recebemos apoio da Apeosp sim, mas foi totalmente organizado por nós, professores”, destacou a docente.
A professora também lembrou que existem casos a serem apurados na educação estadual. “Estamos lutando também pela apuração dos problemas que tivemos com a merenda. Em São João não tivemos registros, mas em Aguaí, na escola em que dou aula, tivemos que, por algum tempo, liberar as crianças que residiam na zona rural 10 minutos antes das outras, pois não sobrava merenda para todos. Tivemos que priorizá-los, pois são os que saem de casa mais cedo e chegam mais tarde”, desabafou Gisele.
Ela ainda questionou algumas atitudes do governador Geraldo Alckmin (PSDB). “Não estamos pedimos mais do que é nosso por direito, mas para nós o reajuste deve ser de 2,5%? A inflação está mais de 10%, não estamos tendo sequer a reposição referente a inflação, mas para o senhor secretário ele tem verba para dar aumento de 15%. Para o secretário não existe crise?”, declarou a professora.
Segundo a coordenadora da Apeosp em São João, Sônia Regina Cordeiro, o Sindicato luta para que, primeiro, seja atingido a meta 17 do plano nacional de educação, onde o salário dos professores seja nivelado com os demais profissionais de ensino superior.
GOVERNADOR
O governador Geraldo Alckmin disse à imprensa que os professores serão ouvidos e culpou a crise financeira pela dificuldade em reajustar o salário da categoria.
"Nós temos R$ 500 milhões para pagar o bônus e a Apeoesp nos enviou um documento dizendo que o valor destinado ao pagamento de bônus seja convertido em reajuste salarial para todos. Eles propuseram, pode ser o bônus ou se quiserem transformar o bônus em reajuste geral não tem problema. Como os sindicatos nos pediram, nós vamos estudar a hipótese em vez de pagar o bônus pagar o reajuste geral", afirmou Alckmin durante coletiva de imprensa.   fonte http://www.omunicipio.jor.br/Sao-Joao/2016/03/professores-de-sao-joao-e-aguai-paralisam-aulas-e-protestam-contra-governo-alckmin.html

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