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sábado, 4 de julho de 2015

Prefeitura confirma que suposto falso médico atendeu em Mogi Guaçu

Caso foi descoberto após a morte de paciente com suspeita de dengue.


A Prefeitura de Mogi Guaçu (SP) confirmou que o suposto falso médico da Santa Casa de Mogi Mirim (SP) trabalhou como plantonista por um dia no Hospital Municipal Dr. Tabajara Ramos. Segundo a administração, ele consultou 85 pacientes no dia 27 de fevereiro. Em depoimento na quinta-feira (2), Gustavo Fonseca do Santos disse à polícia que usava o registro de outro profissional e que teria atuado em cidades da região. Ele vai responder por falsidade ideológica e exercício ilegal da profissão. A empresa que o contratou também poderá ser indiciada.
A Prefeitura de Mogi Guaçu disse, ainda, que não foram registradas reclamações sobre o suposto falso médico e que ele trabalhou no local para substituir um plantonista escalado e que o chamou para atender em seu lugar pela empresa. No entanto, ressaltou que não é a mesma prestadora de serviços da Santa Casa de Mogi Mirim.
O suposto falso médico disse à polícia também que atendeu em Itapira (SP). O G1 procurou a Prefeitura para confirmar a atuação de Santos na cidade, no entanto, até a publicação da reportagem, a administração não havia enviado resposta.
Depoimento
O suposto falso médico confirmou ao delegado Luiz Roberto Ortiz que usava o registro de outro profissional. O suspeito contou no depoimento desta quinta que mora em Divinópolis (MG) e que se formou em medicina na Universidade da Bolívia, em Santa Cruz de La Sierra, em 2013. Ele afirmou que se preparava para fazer a prova que daria o registro para atuar no Brasil.

O suspeito Gustavo Fonseca dos Santos tem exatamente o mesmo nome do médico verdadeiro, que mora em Campinas (SP). Ele disse que trabalhava desde novembro de 2014 na Santa Casa de Mogi Mirim e que chegou a dar plantão em outras cidades, sempre com intermediação da mesma empresa terceirizada. "Foi em Mogi Mirim, Mogi Guaçu e Itapira", afirma o delegado.
Para fazer o contrato e poder atuar na região, o suspeito disse que em nenhum momento a empresa terceirizada, que presta serviço para a Santa Casa, exigiu a identidade do Conselho Regional de Medicina. "Ele forneceu o nome. Eles consultaram e viram que os nomes bateram", afirma Ortiz.  fonte http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2015/07/prefeitura-confirma-que-suposto-falso-medico-atendeu-em-mogi-guacu-sp.html


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