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quinta-feira, 26 de março de 2015

Família denuncia negligência em Mogi após morte por suspeita de dengue

Homem foi duas vezes até a Santa Casa e liberado pelos médicos.


Há suspeita de que a vítima possa ter morrido de dengue.


Ricardo do Prado Maiollo morreu por suspeita de dengue na Santa Casa em Mogi Mirim (Foto: Reprodução / EPTV)
Ricardo do Prado Maiollo morreu por suspeita de
dengue na Santa Casa(Foto: Reprodução / EPTV)
Familiares do paciente Ricardo do Prado Maiollo, que morreu nesta segunda-feira (23) na Santa Casa de Misericórdia de Mogi Mirim (SP), acusam hospital de negligência no atendimento prestado ao jovem na unidade. Maiollo, que pode ter morrido em decorrência da dengue, deu entrada na unidade na noite de domingo (22), mas foi medicado e liberado.
Na madrugada de segunda, o homem de 32 anos voltou ao local já em estado grave, e faleceu. A cidade vive uma epidemia da doença, com 3.586 casos confirmados. Segundo a administração da unidade, o paciente deu entrada no pronto-socorro às 19h do domingo, foi medicado e orientado a voltar para casa. Maiollo retornou por volta das 2h30 ao hospital com os mesmos sintomas. Segundo a tia, Vera Lúcia Prado, o médico que atendeu o sobrinho na madrugada de segunda indicou que ele deveria ser internado com urgência, mas, por conta da falta de leitos, a internação demorou e o homem teve de aguardar na recepção do hospital.
Lotação
O diretor da Santa Casa, Henrique da Costa, afirmou que, por conta do aumento nos casos de dengue, o hospital tem ficado lotado diariamente. Costa informou também que há um período para que a internação ocorra e que, no caso de Maiollo, isso demorou entre 50 minutos e uma hora. "Chamaram a polícia porque nós discutimos com os enfermeiros para que ele fosse recolhido, que cuidassem dele", lembrou, indignada, Vera Lúcia.
"Estou com o hospital lotado, então, tem um prazo de espera para que seja feita essa internação", argumentou o diretor da unidade. Por nota, a Prefeitura informou que investigará o atendimento realizado no Santa Casa. A  causa da morte de Maiollo, que morava na zona sul da cidade, ainda não foi confirmada. Exames de sangue foram encaminhados para o Instituto Adolf Lutz e há suspeita de dengue.
Epidemia
A Secretaria de Saúde de Mogi Mirim informou que o município, que passa por uma epidemia de dengue, registrou até quarta-feira (18), 3.586 casos. Duas pessoas morreram em decorrência da doença. De acordo com a Prefeitura, a região leste é a mais afetada, com 979 ocorrências. Segundo a Prefeitura, as mortes ocorreram em fevereiro e as duas vítimas são mulheres. A primeira tinha 28 anos e morava na região leste, enquanto que a outra, de 69 anos, residia na área norte. http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2015/03/familia-denuncia-negligencia-apos-morte-de-paciente-em-mogi-mirim.html


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