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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Com epidemia de dengue em Aguaí, promotoria apura o número de casos

Prefeitura deve ser ouvida nos próximos dias para dar maiores explicações.


Abertura da capela da antiga Santa Casa não está sendo o suficiente

ilustração
A promotoria de Aguaí (SP) instaurou um inquérito e vai investigar a situação da dengue na cidade. Nos próximos dias, a Prefeitura vai ser ouvida para dar maiores explicações sobre a epidemia. A abertura da capela da antiga Santa Casa para atender pacientes com dengue não está sendo suficiente. O pronto-socorro continua lotado. De acordo com a coordenadoria do pronto-socorro, o sistema que registra novas notificações da doença está fora do ar e não tem prazo para voltar a funcionar.

De acordo com o promotor Márcio Clovis Bosio Guimarães, a administração será cobrada. “Requisitamos informações ao município sobre o número de casos notificados e providências adotadas. A cidade tem 10 dias para responder, sob pena de responsabilidade civil e criminal do gestor público”, disse. A diretoria regional de Saúde de São João da Boa Vista (SP) também fez uma auditoria em todas as unidades da cidade e foram encontradas várias irregularidades, o que pode ter contribuído para que a situação chegasse ao quadro atual. O inquérito deve ser concluído nos próximos dias.

Pronto-socorro de Aguaí atende muitos casos de dengue (Foto: Éder Ribeiro/EPTV)
Pronto-socorro de Aguaí atende muitos casos
de dengue (Foto: Éder Ribeiro/EPTV)
Oficialmente, o departamento de saúde declara que são 666 casos de dengue confirmados, 410 desde dezembro de 2014. Contudo, por causa de problemas na internet, os funcionários não estão conseguindo inserir novas notificações no sistema, parado há mais de uma semana. “Os problemas são sérios no que fiz respeito à organização do sistema. É relatada ausência de gestão, organização e de sistemas informáticos com a função de nos dizer a real situação do município”, explicou o promotor.

Epidemia
A antiga capela da Santa Casa de Aguaí, fechada há quase dois anos, virou enfermaria. O hospital, que fechou em maio de 2013, era o único da cidade e parou suas atividades devido a dívidas, falta de estrutura, profissionais e medicamentos. Com a epidemia cada vez pior, a direção do pronto-socorro cogita a reabertura de outras salas. Foram improvisadas nove camas e uma cadeira para abrigar pacientes com dengue.  “A Santa Casa tem algumas salas que pensamos em utilizar para a colocação de mais leitos, mas apenas no sentido de controlar essa epidemia”, disse o coordenador do pronto-socorro, Roberto Borin.

Um consultório também foi montado e três enfermeiros trabalham exclusivamente no local. Para os pacientes, reabrir todo o hospital seria uma saída para melhorar o atendimento. “Melhorou um pouco, mas não ameniza, é muita gente para ser atendida”, disse a coletora de reciclagem Edna Venâncio. Mesmo com os novos leitos, a enfermaria do pronto-socorro continua lotada. Na ala feminina, as sete camas e cinco cadeiras estão todas ocupadas e novos pacientes precisam esperar. Apesar dos corredores parecerem vazios, não param de chegar moradores com sintomas da dengue. http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2015/01/com-epidemia-de-dengue-em-aguai-promotoria-apura-o-numero-de-casos.html

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