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quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Trem turístico esbarra em dificuldades para entrar nos trilhos

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As cidades de Aguaí, São João e Águas da Prata, por iniciativa da Estância de Águas da Prata, vêm se reunindo e angariando esforços, informações e influências para alavancar a implantação de um trem turístico que, mais tarde, poderá seguir até Poços de Caldas, revitalizando todo o ramal. Quem oferece esta deliciosa notícia é a presidente do Comtur-Conselho Municipal de Turismo sanjoanense Telma Salles Corulli. Para tanto, de acordo com ela, cada um dos três municípios envolvidos deverá revitalizar suas estações, adaptando-as às necessidades atuais.
 
Isso significa, aparelhar-se com banheiros bem equipados, fraldário, salas de espera, bancos, guichês, sala de controle da operadora, recepção, estacionamento, praça de alimentação, bebedouros, etc. São João já tem um projeto pronto e está pleiteando recursos. Águas da Prata também já abriu estudo de tombamento e Poços de Caldas já está montando o Estudo de Viabilidade Técnica junto a ABPF-Associação Brasileira de Preservação Ferroviária. 
 
PROJETOS
Trens de passageiros circularam pelo ramal de Caldas até fins de 1976. Aquele ramal foi inaugurado em 1886 para trazer mercadorias da região de São João para Poços de Caldas. Até meados de 1990, um trem turístico ainda percorria o ramal (entre Águas da Prata e Poços de Caldas) mas também foi suprimido e hoje essas cidades lutam para que ele retorne.
 
Desde 2010, as prefeituras de São João e Águas da Prata vêm conversando sobre a possibilidade de um trem turístico (Maria Fumaça) ligando os municípios. Antes disso, já havia conversas com Poços de Caldas, que foram interrompidas por diversos fatores, entre eles a não aceitação, por parte da FCA (Ferrovia Centro Atlântica S/A) da utilização do trecho de serra até Bauxita (município de Poços).
 
Em 2013, foi redigido pela AMPF um projeto para a criação do que se chamou inicialmente de 'Trem das Águas'. “Este projeto contemplou desde o histórico do ramal de Caldas, passando pelos objetivos específicos sob o ponto de vista turístico, econômico cultural e social, até dados técnicos do traçado, informações sobre as cidades envolvidas e atrativos turísticos de relevância no traçado”, diz Telma.
 
Inicialmente, não se falou em Maria Fumaça e, sim, num trem a diesel, em estrutura de aço de carbono ou em aço inoxidável, do tipo locomotiva. Como o trabalho de operação de um trem turístico só é possível por empresa especializada, a operação do trem seria feita pela AMPF (Associação Mogiana de Preservação Ferroviária), que já apresentava no currículo a execução do trem da Cana na região de Limeira. 
 
O projeto apresentava, inclusive um orçamento inicial de operação do sistema, uma tabela de horários de partida e chegada autorizados pela FCA e até uma estimativa de preço do ingresso. Esse projeto, no entanto,  não foi executado e um outro está sendo planejado com o auxílio técnico da ABPF – Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (a mesma que está estudando a viabilidade técnica de Poços de Caldas e que já opera linhas como a Campinas-Jaguariúna).
 
 “Quando tudo estiver pronto, vamos receber turistas com música, artesanato, belas paisagens, boa comida, boa bebida, simpatia e muita hospitalidade”, sonha a presidente da Comtur.  fonte: http://www.omunicipio.jor.br/Sao-Joao/2014/12/trem-turistico-esbarra-em-dificuldades-para-entrar-nos-trilhos.html

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