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segunda-feira, 31 de março de 2014

São João registra dezenas de casos de dengue

Diferente da situação nacional, em que os casos de dengue tiveram uma redução de 80% se comparados ao mesmo período do ano passado, a microrregião de São João da Boa Vista tem uma das piores situações da doença desde 2007. A análise é do veterinário e coordenador do Centro de Controle de Zoonose (CCZ) Roberto Hoffmann. “Na microrregião de São João da Boa Vista, o município de Casa Branca é o que mais nos preocupa.

Ele começou com uma situação de transmissão logo no começo do ano e se transformou em uma epidemia. Nessa situação epidêmica não tem muito para se fazer. Serão tomadas medidas paliativas e esperaremos um período de 40 dias. Casa Branca já teve mais de 700 casos da doença. Além dela, cidades como Itapira, Mogi Mirim e Mogi Guaçu também estão em uma situação delicada”.

Em São João da Boa Vista os casos de dengue começaram a aparecer neste mês, mas a situação está controlada, com pouco mais de 20 casos. A situação de controle é similar em cidades da região como Pinhal, que apresentou sete casos; Vargem, com três; e Águas da Prata sem casos até o momento. “Fizemos intervenções nos locais onde foram constatadas as transmissões em São João. Temos mais de 20 casos, mas isso muda a cada dia. O comum da cidade é ter essa média de 20 a 60 casos. O DER foi o que deu mais problemas, onde tivemos um foco importante em meados de março. Também tivemos casos na Vila Brasil, no Santo André, no Recanto dos Pássaros e em outros locais onde encontramos pontos mais isolados”.  fonte: O Município/Bruna Mazarin

PREVENÇÃO
A dengue é considerada uma doença endêmica, ou seja, que dificilmente será erradicada e acontece em uma faixa de espaço e tempo específico. Segundo Hoffmann, o único meio de controlar a doença, para que ela não se torne uma epidemia, é por meio de uma parceria entre o poder público e a população. “Desenvolvemos um forte trabalho com o CCZ, o Departamento de Saúde e toda essa equipe. Temos mais de 70 agentes, sendo que cerca de 20 atuam somente com vetores. Mas a população precisa se conscientizar”.

Ele ainda enfatiza que “não existe município livre de epidemia de dengue” e reforça a importância da atuação da população no combate aos focos de dengue. “A luta contra a dengue é interminável. E nunca a vencemos.


INTERVENÇÃO
Antes de a equipe do CCZ passar nos bairros e residências para realizar o trabalho de nebulização do veneno, a população do local é notificada com antecedência. Hoffmann ressalta que durante esse trabalho pode haver recusa da população, por medo do veneno aplicado. “No momento da aplicação, cerca de meia hora antes, vamos avisando as pessoas e sugerimos que elas saiam de casa no momento da nebulização e aguardem uma meia hora, 40 minutos do lado de fora. O veneno que se dissipa não é muito mais prejudicial do que esses que a gente encontra em aerossol. Claro que aplicamos em maior quantidade e usamos o óleo de soja, que cria uma nuvem com micropartículas de veneno que vai agir. A eficácia do veneno é a eliminação de 70% dos mosquitos”.

REFORÇO
Na próxima semana, São João receberá a equipe da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) de Pirassununga para auxiliar nos trabalhos de intervenção nos focos e pontos de transmissão da cidade. “A Sucen vai colaborar para que a intervenção não fique atrasada, detectando o número de pessoas doentes e procuramos agir o mais rápido possível”, completa Hoffmann.


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