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sábado, 31 de agosto de 2013

Crise financeira e administrativa em Mogi Guaçu


Dívidas de quase R$ 300 milhões

Para se ter uma idéia, a prefeitura precisaria parar por uma no inteiro, não pagar nenhuma conta e receber tudo o que arrecada normalmente, isto se quiser pagar o montante de dívida contraído ao longo dos últimos 30 anos, que hoje é de R$ 297 milhões. O valor foi passado pelo próprio prefeito Walter Caveanha (PTB) na última segunda-feira (26), em evento realizado na ACIMG (Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu) com cerca de 50 comerciantes e empresários. Os empresários reivindicaram muitas melhorias para que o comércio local não continue em queda livre, o que vem acontecendo nos últimos anos. Estacionamento rotativo, banheiros públicos e segurança foram os tópicos mais abordados e os quais obtiveram mais pedidos de readequação e melhorias, no entanto, o prefeito se diz com as mãos atadas e impossibilitado de realizar qualquer melhoria com verbas do município, diante do montante de dívidas herdadas.

Vale ressaltar, dos quase R$ 300 milhões de dívidas da prefeitura, cerca de R$ 120 milhões foram deixada apenas na última administração, do ex prefeito Dr. Paulinho (PV). Outros R$ 180 milhões vem se arrastando desde desde o começo da década de 80, desde o Prefeito Carlos Nelson Bueno e Hélio Miachon Bueno, ambos do PMDB e o próprio Walter Caveanha, que em outras 3 oportunidade comandou o executivo municipal, deixando principalmente dívidas em precatórios e com o INSS. Ou seja, estão colhendo o que plantaram e quem paga por todo este desmanzelo é o povo guaçuano, que sofre com a falta de saúde adequada, com ruas esburacadas, áreas verdes e praças abandonadas, segurança precária e todos os problemas que conhecemos muito bem.


Guarda Municipal

Carro da Guarda no pátio da prefeitura esperando por peças (Renault Logan)
A Guarda Civil Municipal de Mogi Guaçu, hoje sob o comando da competentíssima ex Delegada Judite de Oliveira passa por dificuldades seríssimas. Mesmo com o esforço da conhecida delegada, em fazer a Guarda operar com uma qualidade aceitável de trabalho, problemas como viaturas sucateadas e sem condição de rodar, são frequentes. São 3 caminhonetes, duas Mitsubishi (patrulha Rural) e uma Blazer Chevrolet, das 3, duas paradas ou esperando por peças, 3 carros, um encostado esperando por reparos, que custam caros e quase não compensam. A prefeitura alugou 7 carros, todos modelos básicos, fora dos padrões de segurança exigidos para o serviço a qual são submetidos. Eram por dois meses apenas, mas que agora foram renovados, por falta de opção. Judite disse que estão negociando a compra de novos carros e até mesmo vendo a possibilidade emprestar ou trocar com outras secretarias.



Veículos sucateados no pátio

Ao olhar para o pátio da prefeitura, próximo ao Corpo de Bombeiros, nota-se o despreparo de todos os que passam pela administração, principalmente nos últimos anos. São dezenas de veículos abandonados ao relento, sofrendo com a ação do tempo. Veículos que foram adquiridos com dinheiro público e que mesmo depois de serem usados por anos, poderiam ter sido leiloadas, recuperando parte do investimento, mas não, vão apodrecer no tempo, ocupando espaço e juntando dengue.


Saúde

Raio X do Hospital Municipal Tabajara Ramos quebrado por meses. Paciente precisam se deslocar até o PPA (Posto de Pronto Atendimento) no Jardim Novo II para realizar o exame. Filas de espera que duram mais de 5 horas por uma simples consulta no PPA, nem sempre por falta de médicos, enfermeiros (as) ou funcionários, mas sim, por um sistema falido e falta de estrutura básica, como equipamentos modernos e (ou) operantes. Postos de Saúde, que muitas vezes ou quase nunca tem médicos suficientes para a demanda, sobrecarregando o PPA e Pronto Socorro do HM. Em muitas vezes, nem o atendimento básico, como curativos e inalação, os postos são capazes de realizar.

 











Ponto de Vista MGA

Dívidas gigantescas da prefeitura, que segundo o prefeito, o impossibilitam de realizar investimento em qualquer área da administração e por outro lado, o cabide de empregos políticos cresce a cada dia, com quase 250 ou mais cargos comissionados, aqueles contratados pelo prefeito sem concurso público e que custam mais de R$ 6 milhões por ano, um desperdício do dinheiro do povo. Mogi Guaçu passa por uma crise financeira e administrativa nunca vista em sua história. Está mais que na hora da sociedade rever muita coisa, principalmente na hora de escolher os seus administradores. Até mesmo uma câmara municipal, entupida de vereadores engessados pelo executivo, em troca de favores e cargos políticos, no qual não servem nem para defender reivindicações dos seus próprios eleitores. Mogi Guaçu precisa voltar para as ruas, reivindicar e cobrar mais transparência da câmara e do executivo. Cobrar resultados e trabalho sério de nossos representantes. Diante do quadro catastrófico, só o povo pode mudar isto. (Mogi Guaçu Acontece)

Um comentário:

  1. olhando bem o pátio com os veículos, parecem que estão em melhores condições que os veículos de Pinhal. E olha que o Prefeito de lá disse que estão sucateados kkkk

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