A Polícia Militar acompanhou, com bastante proximidade, a manifestação de um grupo com cerca de 100 pessoas, na noite de segunda (17), em São João. O foco do protesto era a situação da saúde pública local, mas os manifestantes acabaram enveredando a motivação do evento para os mais variados assuntos: Lei dos Bares, corrupção, mensagens anti-capitalistas e diversos outros temas estiveram nos gritos e cartazes mostrados durante a passeata.

Num trecho curto, os manifestantes saíram do Theatro Municipal e seguiram à Câmara dos Vereadores. Quando os semáforos da região estavam vermelhos, alguns rapazes aproveitaram para estender as faixas diante dos motoristas. Eles pararam em frente ao prédio do Legislativo e permaneceram, durante cerca de 10 minutos, repetindo suas propostas através de coros. Depois disso, assinaram um requerimento com diversas perguntas encaminhadas à Diretora de Saúde, Lia Bissoli. Os questionamentos foram feitos, da tribuna livre, por um dos representantes do grupo. Já dentro do salão, houve desentendimento entre o porta voz dos ativistas e um dos participantes da passeata, que entrou no prédio cobrindo o rosto. O jovem que os representava pediu para que o manifestante descobrisse a face, mas o participante negou e seguiu na sessão mesmo assim, ao lado de outros rapazes, que também cobriam o rosto com capuzes e camisetas.
A PM, durante todo o acontecimento, permaneceu no local, coordenou o trânsito nas imediações, mas não precisou fazer nenhuma intervenção. Na Câmara, Lia Bissoli respondeu a todas as perguntas e mostrou firmeza quando pressionada por assuntos como a falta de medicamentos e a demora na marcação de consultas, explicando como é dividido o orçamento de sua pasta.
Um dos destaques da sessão aconteceu quando o vereador (e médico) Leonildes Chaves Junior (PCdoB), questionou sobre o não cumprimento dos horários por parte dos médicos da cidade e sobre os mecanismos de controle da jornada de trabalho desses profissionais. Lia respondeu que, no passado, até um relógio de ponto digital havia sido instalado no Pronto Socorro Municipal, justamente com essa finalidade, mas que um desconhecido havia jogado café quente dentro do circuito, queimando o aparelho.

Para evitar situações como essa, a Prefeitura pretende instalar câmeras nas repartições de saúde. Apesar de não haver uma relação oficial entre os protestos acontecidos em São João e as passeatas que surgiram em outras cidades brasileiras, também houve pichações em prédios sanjoanenses. No mês passado, a própria Câmara foi alvo dos vândalos. No domingo (16), o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais também foi pichado, ao lado do terminal de ônibus urbano. Na parede, a mensagem era: “Passe Livre”. Em ambos os casos, a letra “A” estilizada, marca dos anarquistas, estava exposta. Não há comprovação sobre o envolvimento de integrantes da manifestação com as recentes pichações. (portal Parabrisa)
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