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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Continuam os trabalhos para controle da leishmaniose

Equipes do CCZ e Divisão Regional de Saúde visitam residências e coletam material para exames
 
A Prefeitura de Espírito Santo do Pinhal, por meio do Departamento Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, e Secretaria Municipal de Saúde (CCZ) - com apoio da Divisão Regional de Saúde de São João da Boa Vista -, vem realizado na cidade um inquérito para levantamento de casos de leishmaniose. Os trabalhos, iniciados em 23 de agosto, prosseguem até o final do ano. A pesquisa consiste na visitação de residências - para avaliação das condições de limpeza (questão que influencia no desenvolvimento do mosquito transmissor da doença) e também na coleta de material na população canina – os animais, se contaminados, podem transmitir a doença ao homem. Até o momento, mais de 300 animais já tiveram material coletado para exame.

Há duas semanas, o Instituto Adolfo Lutz encaminhou ao município equipamentos para testes de identificação da leishmaniose. Assim, o material coletado nos animais é primeiramente analisado pelas equipes do CCZ e da DRS. Caso o teste rápido dê positivo, o exame é enviado para novas análises em São Paulo, a fim de se evitar divergências na confirmação doa doença. Os profissionais do CCZ observam que o causador da leishmaniose não é o cão, e que o animal também é uma vítima do mosquito Birigui ou Palha (Flebotomineo), transmissor da doença. O mosquito somente pode ser controlado com as ações de manejo ambiental, ou seja, medidas de higienização e limpeza das áreas habitadas pela população.

Endemia

O secretário de Saúde Willian Baena e o diretor de Agricultura e
 Meio Ambiente, Tiago Barbosa receberam os equipamentos para testes rápidos
A cidade despertou para o problema da leishmaniose em 2004, após constatação do primeiro caso em um cão. No ano seguinte, em 2005, deu-se início a um inquérito para coleta de material e realização de exame na população canina, de aproximadamente 3 mil animais. Segundo dados da época, foram positivados aproximadamente 1.500 casos – ou seja, animais que estariam contaminados pela doença. A partir de então, o município passou a integrar o grupo de cidades de risco de ocorrência da leishmaniose. Um novo inquérito, realizado em 2010, coletou material para exame em cerca de 1.000 cães, havendo confirmação da doença em 68 animais. Em 2012, em outro procedimento, foram examinados 1.947 cães, sendo que 43 apresentaram contaminação.

Equipes do CCZ e da DRS fazem a coleta de material
 em cães para exames sobre leishmaniose
De acordo com especialistas, o município oferece condições climáticas (umidade/temperatura) para o desenvolvimento do mosquito transmissor da leishmaniose, o que foi constatado durante pesquisa entomológica, realizada em 2008 – a qual consiste na instalação de armadilhas para a captura dos insetos. A partir das constatações da pesquisa foram e são adotadas as medidas de manejo ambiental no sentido de evitar a proliferação do mosquito (conscientização sobre a limpeza de casas e quintais; acondicionamento de lixo corretamente; eliminação do acúmulo de madeira e folhas, dentre outras), bem como o estímulo a que os proprietários de cães adotem a colocação de coleiras repelentes nos animais.

A partir dos problemas ocorridos, desde 2004, a Secretaria Municipal de Saúde - em parceria outros órgãos municipais - promove campanhas para conscientizar a população quanto aos cuidados a serem tomados a fim de evitar a propagação da leishmaniose. O tema também é alvo de campanha desenvolvida pela Prefeitura, junto a empresas e entidades. Moradores também são orientados a colaborarem, permitindo a visitação às residências e a coleta de material nos cães de sua propriedade. Em 2013, por exemplo, mais de 3.700 estudantes participaram de palestras sobre o assunto. Apesar dos casos confirmados em cães, não houve, até aqui, registro da doença em humanos. Outras informações sobre os trabalhos podem ser obtidas junto ao CCZ, pelo telefone 3651-7701. 

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