José Ricardo Ferraz descobriu aplasia há cinco meses e família iniciou movimento solidário
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Meire e Zé Ricardo |
O estado de saúde do eletricista José Ricardo Ferraz, de 23 anos, provocou uma reviravolta na situação de sua família, nos últimos cinco meses. O rapaz, que aparentava estar bem fisicamente, foi diagnosticado com aplasia da medula, depois de sofrer um acidente de trabalho que deixou um grande hematoma em sua perna. A preocupação com o aspecto da lesão fez com que seus parentes o levassem ao médico, que solicitou exames que apontaram a grave patologia. Por conta disso, desde a semana passada, uma mobilização está tomando conta das ruas de São João e das páginas das redes sociais, em busca de um doador compatível de medula óssea, única solução científica para o problema.
ACIDENTE E DIAGNÓSTICO
Convivendo com a namorada e planejando ter filhos, o jovem José Ricardo se desdobrava em dois empregos: durante o dia, era eletricista e, à noite, trabalhava fazendo lanches. Porém, no final do ano passado, o rapaz sofreu uma queda, durante uma obra, sofrendo uma lesão na perna que chamou a atenção de seus amigos e parentes: “A marca ficou muito grande, não era normal. Por isso, o levamos ao médico para exames mais detalhados”, explicou a familiar Crismeire Dantas.
Testes no sangue, avaliados pelos médicos Felipe e Vitor Hugo Souza Vasconcelos, apontaram um caso grave: José Ricardo sofre de aplasia de medula óssea. De acordo com especialistas, a patologia se caracteriza por uma disfunção grave da medula, que é responsável pela produção dos componentes do sangue: as hemácias (responsáveis pela circulação de oxigênio), os leucócitos (produtores de anticorpos) e as plaquetas (que atuam na coagulação). De um modo geral, a situação do paciente se assemelha a de quem sofre com leucemia.
Em razão do problema, o jovem deixou de trabalhar e passou meses internado. Sua rotina mudou também a organização da família, que agora precisa viajar até Jaú, três vezes por semana: “Ele tem feito tratamento no Hospital Amaral Carvalho e está sendo muito bem atendido”, afirmou Crismeire. Segundo ela, o serviço de transporte da Prefeitura tem sido pontual e a ABRAPEC (Associação Brasileira de Pessoas com Câncer) tem contribuído com amparo psicológico e frutas, essenciais para a dieta do paciente que, atualmente, está em casa. “Ele está sob os cuidados da família, mas só pode ter contato com um número restrito de pessoas, por causa do risco de infecção”, completou.
CAMPANHA
DE DOAÇÃO
A luta dos amigos e familiares de José Ricardo, nesta fase do tratamento, tem sido a busca pelo transplante de medula óssea, apontado como sendo a única solução para o problema do rapaz. Para que isso seja possível, é preciso realizar testes de compatibilidade no sangue de um grande número de voluntários. Por essa razão, o laboratório da Santa Casa de Misericórdia Carolina Malheiros marcou, para o próximo dia 6 de maio, uma campanha em prol do sanjoanense. Na ocasião, serão coletadas amostras de sangue (e não de líquido medular) dos voluntários. Caso um doador compatível seja encontrado, o mesmo passará por procedimentos preparatórios, até que a data do transplante seja marcada.
Podem doar pessoas saudáveis, entre 18 e 55 anos. O laboratório funcionará, na data da campanha, das 16h às 20h. fonte: O Município
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