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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Cidade registra óbito por meningite

Criança passou pelo Pronto Atendimento, quadro clínico se agravou e exames confirmaram a doença

A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica, confirmou nesta quarta-feira, dia 25, que uma criança foi a óbito, no sábado (21), após dar entrada no Pronto Atendimento, com quadro clínico suspeito de meningite. De acordo com a VE, exames realizados pelo Instituto Adolfo Lutz, em material coletado da paciente, diagnosticaram a doença como sendo meningite meningocócica. A vítima era uma menina, tinha 7 anos de idade e residia na zona rural do município. “Imediatamente a Vigilância Epidemiológica desencadeou as ações necessárias, previstas em protocolo do Ministério da Saúde, que é a notificação, encaminhamento do material coletado para o Instituto Adolfo Lutz e bloqueio dos comunicantes íntimos, ou seja, pessoas que mantiveram contato diretamente com a criança”, explica a enfermeira Isabela Tófoli Ribeiro.

Ela detalhou que o bloqueio, conforme estabelecem as normas, é realizado com antibiótico. “Todos os comunicantes íntimos, como familiares da mesma casa e as crianças que estudavam na mesma classe receberam a medicação”, completa. A enfermeira da VE observa ainda que a medicação não pode ser ministrada de forma generalizada. E alerta: “Tomar antibiótico sem indicação pode induzir resistência e, se no futuro a pessoas necessitar desta medicação, ela pode não fazer efeito”.

Vacina
A VE observa que existe vacina contra a meningite do tipo C. Ele está disponível na rede particular e também na rede pública de saúde, devendo ser aplicada em crianças menores de 2 anos de idade. No primeiro ano de vida, são duas aplicações, sendo aos 3 e aos 5 meses de idade. Passado este período, deve-se fazer o reforço, quando a criança tiver de 1 ano a 1 ano e 3 meses. Para as pessoas acima de 1 ano de idade, a dose da vacina é única.


Mais sobre a doença

As meninges são membranas que revestem o cérebro. A meningite ocorre quando elas ficam inflamadas. A maior parte das meningites é causada por vírus ou por bactérias mas é possível que a doença ocorra por fungos ou por agentes não infecciosos como doenças reumáticas, inflamações e problemas vasculares.

Sintomas
-Rigidez na nuca, vômitos e dores de cabeça intensa;
-Nos casos mais graves, é possível a ocorrência de manchas vermelhas na pele;
-O diagnóstico é mais difícil em criança e recém-nascidos, mas é comum a falta de atividade e irritabilidade;
-O diagnóstico padrão é feito com a retirada de um líquido da espinha chamado líquor;

Transmissão
A forma mais comum de contágio é pelo ar, mas certos agentes infecciosos, como os enterovírus, são transmitidos por meio das fezes;
Uma pessoa infectada pode não desenvolver a doença, mas mesmo assim é capaz de transmiti-la;
Locais com grande concentração de pessoas são ambientes propícios à contaminação;

Tratamento
Viral - Apenas os sintomas são combatidos. Caso não apresente complicações, o paciente pode se curar em até 7 dias. Normalmente dispensa a necessidade de internação.
Bacteriano - Quadros bacterianos mais graves necessitam isolamento do paciente. Antibióticos injetados na veia são usados no combate à doença. O tratamento pode durar até 10 dias, caso não existam complicações. Pessoas em contato próximo com o paciente de meningite bacteriana podem precisar tomar antibiótico para diminuir o risco de transmissão.

Outras informações podem ser obtidas na Vigilância Epidemiológica, pelo telefone (19) 3651-1702. (Gilmar Ishikawa/Assessoria de Comunicação)

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