Criança passou pelo Pronto Atendimento, quadro
clínico se agravou e exames confirmaram a doença
A
Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica, confirmou
nesta quarta-feira, dia 25, que uma criança foi a óbito, no sábado (21), após
dar entrada no Pronto Atendimento, com quadro clínico suspeito de meningite. De
acordo com a VE, exames realizados pelo Instituto Adolfo Lutz, em material
coletado da paciente, diagnosticaram a doença como sendo meningite meningocócica.
A vítima era uma menina, tinha 7 anos de idade e residia na zona rural do
município. “Imediatamente
a Vigilância Epidemiológica desencadeou as ações necessárias, previstas em
protocolo do Ministério da Saúde, que é a notificação, encaminhamento do
material coletado para o Instituto Adolfo Lutz e bloqueio dos comunicantes
íntimos, ou seja, pessoas que mantiveram contato diretamente com a criança”,
explica a enfermeira Isabela Tófoli Ribeiro.
Ela
detalhou que o bloqueio, conforme estabelecem as normas, é realizado com
antibiótico. “Todos os comunicantes íntimos, como familiares da mesma casa e as
crianças que estudavam na mesma classe receberam a medicação”, completa. A
enfermeira da VE observa ainda que a medicação não pode ser ministrada de forma
generalizada. E alerta: “Tomar antibiótico sem indicação pode induzir
resistência e, se no futuro a pessoas necessitar desta medicação, ela pode não
fazer efeito”.
Vacina
A VE
observa que existe vacina contra a meningite do tipo C. Ele está disponível na
rede particular e também na rede pública de saúde, devendo ser aplicada em
crianças menores de 2 anos de idade. No primeiro ano de vida, são duas
aplicações, sendo aos 3 e aos 5 meses de idade. Passado este período, deve-se
fazer o reforço, quando a criança tiver de 1 ano a 1 ano e 3 meses. Para as
pessoas acima de 1 ano de idade, a dose da vacina é única.
Mais sobre a doença
As
meninges são membranas que revestem o cérebro. A meningite ocorre quando elas
ficam inflamadas. A
maior parte das meningites é causada por vírus ou por bactérias mas é possível
que a doença ocorra por fungos ou por agentes não infecciosos como doenças
reumáticas, inflamações e problemas vasculares.
-Rigidez
na nuca, vômitos e dores de cabeça intensa;
-Nos
casos mais graves, é possível a ocorrência de manchas vermelhas na pele;
-O
diagnóstico é mais difícil em criança e recém-nascidos, mas é comum a falta de
atividade e irritabilidade;
-O
diagnóstico padrão é feito com a retirada de um líquido da espinha chamado
líquor;
Transmissão
A
forma mais comum de contágio é pelo ar, mas certos agentes infecciosos, como os
enterovírus, são transmitidos por meio das fezes;
Uma
pessoa infectada pode não desenvolver a doença, mas mesmo assim é capaz de
transmiti-la;
Locais
com grande concentração de pessoas são ambientes propícios à contaminação;
Tratamento
Viral - Apenas os sintomas são
combatidos. Caso não apresente complicações, o paciente pode se curar em até 7
dias. Normalmente dispensa a necessidade de internação.
Bacteriano - Quadros bacterianos mais
graves necessitam isolamento do paciente. Antibióticos injetados na veia são
usados no combate à doença. O tratamento pode durar até 10 dias, caso não
existam complicações. Pessoas
em contato próximo com o paciente de meningite bacteriana podem precisar tomar
antibiótico para diminuir o risco de transmissão.
Outras
informações podem ser obtidas na Vigilância Epidemiológica, pelo telefone (19)
3651-1702. (Gilmar
Ishikawa/Assessoria
de Comunicação)
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