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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Bancários entram em greve, e agências amanhecem com faixas

Contraf diz que objetivo é parar o maior número de agência possível.


Entre reivindicações estão maior reajuste e melhores condições de trabalho.


Os bancários entraram em greve pelo país por tempo indeterminado nesta quinta-feira (19), de acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), da CUT, seguindo  decisões de assembleias ocorridas no dia 12 deste mês. Em vários estados, agências já amanheceram fechadas e com faixas nas portas. A tendência é que o acesso aos caixas eletrônicos siga liberado. O balanço do primeiro dia de greve será conhecido apenas no final do dia, segundo o sindicato da categoria. Nesta quarta, os trabalhadores decidiram, em assembleias, como organizar a greve de quinta-feira. Segundo a Contraf, cada sindicato tem autonomia para definir como faz a greve, mas o objetivo é parar o maior número de agências possível. Um balanço da greve deve ser divulgado no fim da tarde de quinta, diz a entidade.
Agências bancárias de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, amanheceram repletas de cartazes alusivos à greve (Foto: SÉRGIO MASSON/ESTADÃO CONTEÚDO)Agências bancárias de Ribeirão Preto, amanheceram repletas de cartazes alusivos à greve (Foto: SÉRGIO MASSON/ESTADÃO CONTEÚDO)
A paralisação pede maior reajuste salarial, melhores condições de trabalho, aumento do piso, entre outros. De acordo com a confederação, a proposta dos bancos "é inaceitável diante dos seus lucros gigantescos", diz a Contraf. A categoria quer reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação), Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15 e piso de R$ 2.860. Pede, ainda, fim de metas abusivas e de assédio moral que, segundo a confederação, adoece os bancários.
Canais alternativos
Em nota divulgada na quarta, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) disse que a população tem uma série de canais alternativos para a realização de transações financeiras além das agências bancárias. Nesta quinta-feira, a Fundação ProconSP deu orientações para os consumidores diante da paralisação. Uma delas diz respeito à obrigação da empresa credora de oferecer outras formas e locais para que os pagamentos sejam feitos. Também é preciso entrar em contato com a empresa, pedir opções de formas e locais para pagamento e documentar essa solicitação.

O que os bancos oferecem
De acordo com a Contraf, a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) é de reajuste de 6,1% (inflação do período pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc). A proposta e de PLR de 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado), além de parcela adicional da PLR de 2% do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88.

Agência da Avenida Paulista permitia o acesso aos caixas eletrônicos   (Foto: Tahiane Stochero/G1)Agência da Avenida Paulista permitia o acesso aos
caixas eletrônicos (Foto: Tahiane Stochero/G1)
Em posicionamento sobre a paralisação, a Fenaban disse que apresentou no dia 6, às lideranças sindicais dos bancários, propostas à categoria e se mantém aberta a negociações. "A Fenaban ressalta que o piso salarial da categoria subiu mais de 75% nos últimos sete anos e os salários foram reajustados em 58%, ante uma inflação medida pelo INPC de 42%. Ou seja, somente o piso salarial registrou aumento real de 23,21%", diz a nota. "Pela proposta, o piso salarial para bancários que exercem a função de caixa passará para R$ 2.182,36 para jornadas de seis horas", diz a federação.(portal G1)

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