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sexta-feira, 19 de julho de 2013

Saúde quer diminuir a procura desnecessária pelo PA

Serviços da unidade devem ser buscados apenas em casos de urgência e emergência

O coordenador, Luiz Antonio de Rezende, e a enfermeira, Aline Meira,
 confirmam nos prontuários: poucas urgências nos atendimentos do PA
Apenas para casos de urgência e emergência. Esta tem sido a orientação da Secretaria Municipal de Saúde à população, na tentativa de reduzir a procura desnecessária pelos serviços do Pronto Atendimento (PA). Dentre as ações colocadas em prática para alcançar resultados, a Prefeitura investe na reestruturação das unidades dos bairros, ampliando equipes para melhorar o atendimento. O trabalho de conscientização dos moradores vem sendo feito pelos agentes comunitários, na visitação às residências ou nas atividades que desenvolvem junto às unidades de saúde. “É um trabalho de formiguinha. Esta conscientização da população e os investimentos nas unidades básicas são importantes para criar nas pessoas a cultura de que o PA é apenas para casos realmente urgentes”, comenta a secretária municipal de Saúde, Gisele Acerra Biondo.

Com base em dados dos postos de saúde dos bairros, Gisele afirma que tem havido aumento na quantidade de procura pelas UBS. “A gente entende que, em tese, são atendimentos que deixaram de ser feitos pelo PA porque, por algum tempo, era a unidade para a qual as pessoas se dirigiam, antes de buscar atendimento nos postos dos bairros”, diz. Para a coordenadora das unidades de saúde, Cristina Filiponi, do início do ano até agora, tem sido crescente a procura pelos postinhos de saúde nos bairros. “Tem havido um acompanhamento mais detalhado sobre as atividades dos agentes de saúde, que aumentaram a visitação nos bairros e contribuem com esta conscientização, inclusive indicando onde o paciente deve buscar atendimento”, diz.

Procura pelas unidades dos bairros, como na Vila São Pedro,
aumentou, mas conscientização da população precisa ser intensificada
Ela considera que o reforço nas equipes de atendimento também favorece a procura pelas unidades, e destaca que os prontuários analisados pela Secretaria de Saúde apontam aumento no número de consultas, com todos os médicos. “Isto é um claro sinal de que a população está começando a usar mais o serviço de saúde nos bairros. Esperamos que isto possa se refletir em queda na procura pelo PA”, completa.

“Casos desnecessários”

Exemplos de mau uso do serviço de saúde do PA não faltam. São diversos os casos. Em um deles, ocorrido há alguns meses, uma mãe levou o filho ao PA e lá, declarou ao médico que o filho queria andar de ambulância. As declarações constaram do prontuário de atendimento.

Para Luís Antonio de Rezende Filho, coordenador do PA, apenas com a conscientização, a população deixará de buscar a unidade desnecessariamente. “Apesar deste trabalho dos agentes comunitários, ainda não sentimos efeitos na diminuição destes atendimentos que seriam próprios para os postos de saúde”, diz. Ele observa que o trabalho de orientação às pessoas deve ser feito de forma conjunta, entre Prefeitura, Secretaria de Saúde, profissionais de saúde e a população, de modo geral.

Conferindo prontuários de atendimento, Luís Fernando confirma: “Grande parte dos atendimentos realizados, é de casos que deveriam ser levados aos postos de saúde. Continuamos atendendo a muitos casos desnecessários”. Nas próximas semanas, a Prefeitura dará início a uma campanha que visa chamar a atenção da população e conscientizar as pessoas quanto à procura pelo PA apenas em casos urgentes. (Gilmar Ishikawa/Assessoria de Comunicação)

Um comentário:

  1. Não existe nenhuma lei que proíba as pessoas de usarem o PA, entendo que o atendimento deva ser feito onde o paciente se sinta melhor, o que vai mudar sendo o atendimento no PA ou numa UBS?? Nada pois equipamento não tem em nenhum dos locais.

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