Serviços da unidade
devem ser buscados apenas em casos de urgência e emergência
O coordenador, Luiz Antonio de Rezende, e a enfermeira, Aline Meira, confirmam nos prontuários: poucas urgências nos atendimentos do PA |
Apenas para casos de urgência e emergência. Esta tem
sido a orientação da Secretaria Municipal de Saúde à população, na tentativa de
reduzir a procura desnecessária pelos serviços do Pronto Atendimento (PA).
Dentre as ações colocadas em prática para alcançar resultados, a Prefeitura
investe na reestruturação das unidades dos bairros, ampliando equipes para
melhorar o atendimento. O trabalho de conscientização dos moradores vem sendo
feito pelos agentes comunitários, na visitação às residências ou nas atividades
que desenvolvem junto às unidades de saúde. “É um trabalho de formiguinha. Esta
conscientização da população e os investimentos nas unidades básicas são
importantes para criar nas pessoas a cultura de que o PA é apenas para casos
realmente urgentes”, comenta a secretária municipal de Saúde, Gisele Acerra
Biondo.
Com base em dados dos postos de saúde dos bairros,
Gisele afirma que tem havido aumento na quantidade de procura pelas UBS. “A
gente entende que, em tese, são atendimentos que deixaram de ser feitos pelo PA
porque, por algum tempo, era a unidade para a qual as pessoas se dirigiam,
antes de buscar atendimento nos postos dos bairros”, diz. Para a coordenadora das unidades de saúde, Cristina
Filiponi, do início do ano até agora, tem sido crescente a procura pelos
postinhos de saúde nos bairros. “Tem havido um acompanhamento mais detalhado
sobre as atividades dos agentes de saúde, que aumentaram a visitação nos
bairros e contribuem com esta conscientização, inclusive indicando onde o paciente
deve buscar atendimento”, diz.
Procura pelas unidades dos bairros, como na Vila São Pedro, aumentou, mas conscientização da população precisa ser intensificada |
Ela considera que o reforço nas equipes de atendimento
também favorece a procura pelas unidades, e destaca que os prontuários
analisados pela Secretaria de Saúde apontam aumento no número de consultas, com
todos os médicos. “Isto é um claro sinal de que a população está começando a
usar mais o serviço de saúde nos bairros. Esperamos que isto possa se refletir
em queda na procura pelo PA”, completa.
“Casos
desnecessários”
Exemplos de mau uso do serviço de saúde do PA não
faltam. São diversos os casos. Em um deles, ocorrido há alguns meses, uma mãe
levou o filho ao PA e lá, declarou ao médico que o filho queria andar de
ambulância. As declarações constaram do prontuário de atendimento.
Para Luís Antonio de Rezende Filho, coordenador do PA,
apenas com a conscientização, a população deixará de buscar a unidade
desnecessariamente. “Apesar deste trabalho dos agentes comunitários, ainda
não sentimos efeitos na diminuição destes atendimentos que seriam próprios para
os postos de saúde”, diz. Ele observa que o trabalho de orientação às pessoas
deve ser feito de forma conjunta, entre Prefeitura, Secretaria de Saúde,
profissionais de saúde e a população, de modo geral.
Conferindo prontuários de atendimento, Luís Fernando
confirma: “Grande parte dos atendimentos realizados, é de casos que deveriam
ser levados aos postos de saúde. Continuamos atendendo a muitos casos
desnecessários”. Nas próximas semanas, a Prefeitura dará início a uma
campanha que visa chamar a atenção da população e conscientizar as pessoas
quanto à procura pelo PA apenas em casos urgentes. (Gilmar Ishikawa/Assessoria de Comunicação)
Não existe nenhuma lei que proíba as pessoas de usarem o PA, entendo que o atendimento deva ser feito onde o paciente se sinta melhor, o que vai mudar sendo o atendimento no PA ou numa UBS?? Nada pois equipamento não tem em nenhum dos locais.
ResponderExcluir