Apesar do
alto custo, administração emprega recursos para melhorar o sistema
Dados apresentados pela Secretaria Municipal de Saúde apontam
que a maior parte dos custos com a manutenção do sistema de atenção básica é
financiada pelos cofres municipais. Dos cerca de R$ 71,9 milhões do orçamento
deste ano, R$ 21,1 são destinados ao setor de saúde. “Grande parte no nosso orçamento é aplicado em saúde e
educação. A maioria da população desconhece estes números, mas eles mostram
nosso esforço em oferecer mais qualidade de vida e garantir bom atendimento
nestas áreas”, diz o prefeito José Benedito de Oliveira (Zeca Bene). De acordo com a secretária Gisele Biondo, há programas
da atenção básica à saúde cuja continuidade só é possível graças aos recursos
da Prefeitura, porque Estado e Governo Federal repassam muito pouco.
Zeca Bene, e a secretária Municipal de Saúde, Gisele Biondo,
contabilizam os investimentos da Saúde
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Ela cita o Programa de Agentes Comunitários de Saúde
(Pacs) e o Programa de Saúde da Família. O primeiro possui três equipes no
município: Centro de Saúde II (Postão), UBS Vila Palmeiras e UBS Jardim das
Rosas. Para o custeio mensal de cada agente comunitário, a Secretaria de Saúde
recebe, do Governo Federal, R$ 950,00. “Mas cada agente custa para o município
cerca de R$ 1.400,00, entre salário e benefícios trabalhistas”, explica. No caso do PSF, o município possui quatro equipes, que
atuam nas unidades da Vila São Pedro e Vila Centenário. Para custeio, o Governo
Federal repassa R$ 7.130,00 por mês, valor também insuficiente, conforme
destaca Gisele Biondo.
“No último mês de junho, por exemplo, o município
recebeu R$ 53.220,00 do Governo Federal para manutenção dos dois programas,
sendo que o custo total ficou em R$ 182.000,00. Portanto, coube ao município
aplicar R$ 128.780,00 para completar o custeio, o que representa cerca de 70%
dos recursos que garantem os atendimentos”, conclui a secretária. O prefeito (Zeca Bene) destaca que mesmo com os altos
investimentos a administração continua buscando melhorar o sistema, inclusive
aderindo à criação de novos programas, como a Saúde do Homem - recentemente
implantado - e o CAPs AD - que está prestes a se instalar no município. “Embora venham recursos federais, nós também
temos de colocar recursos municipais”, completa.
O prefeito observou que, no sistema de saúde, o Estado
oferece especialidades médicas no Hospital Regional de Divinolândia e no AME,
que fazem parte do Consórcio de Desenvolvimento Regional (Conderg), mas a
adesão ao consórcio também é financiada com repasses orçamentários do município.
“Ou seja, o município sempre investe mais do que Estado e Governo Federal, para
oferecer saúde à população. E são investimentos altíssimos”, completa. Outras informações sobre os investimentos do setor podem
ser obtidas junto à Secretaria Municipal de Saúde, pelo telefone 3651-1046.
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