- Articuladas em mídias sociais, passeatas podem reunir mais de quatro mil pessoas no sábado (22).
Os manifestos irrompidos pelo aumento das tarifas de ônibus em diversas capitais do país serão aderidos por habitantes de Mogi-Guaçu (SP) e Mogi-Mirim (SP). As mobilizações estão sendo articuladas em mídias sociais por jovens das duas cidades e podem levar mais de quatro mil pessoas às ruas neste final de semana.
É o que projeta Ramon Carlos Estancial Teodoro, um dos coordenadores do manifesto. “Criamos um evento no facebook que, em apenas três dias de movimento, recebeu a confirmação de presença de quase três mil pessoas. A expectativa é de que até o dia do evento este número ultrapasse quatro mil”, explica o estudante de 18 anos.
Informações publicadas na página do evento, intitulado ‘Protesto Basta Mogi’, dão conta de duas passeatas, ambas no próximo sábado. A primeira está prevista para as 10h, com início na Praça Rui Barbosa, centro de Mogi-Mirim. Segundo a programação divulgada, os manifestantes tomarão a Avenida Padre Roque até a Praça Romildo Ferreira, em frente ao estádio do Mogi-Mirim, onde se concentrarão até as 12h. O protesto será retomado a partir das 16h, na Praça Cândido Rondon, mais conhecida como Praça IRQ, em Mogi-Guaçu. Deste ponto, os manifestantes seguirão pela Rua VX de Novembro até a Avenida Nove de Abril, pela qual prosseguirão rumo à Praça Antonio Giovani Lanzi, a Capela.
De acordo com Teodoro, o aumento excessivo das tarifas de ônibus, assim como em várias partes do Brasil, é apenas o estopim de toda a insatisfação dos brasileiros contra um longo histórico de impostos abusivos e corrupção política, o qual, julga ele, não pode mais ser revertido em processos democráticos legais. Os articuladores da mobilização ainda não divulgaram o planejamento com os objetivos das passeatas, entretanto, o foco principal é a redução da tarifa de ônibus em ambos os municípios. O grupo que coordena a mobilização também é responsável pelos protestos contra o aumento da tarifa de ônibus em Mogi-Guaçu, ocorrida no início deste ano. A passagem, que custava R$ 2,75, passou para três reais, tornando a tarifa guaçuana uma das mais caras do país.
Protestos pelo Brasil
Somente nesta segunda-feira (17), mais de 250 mil pessoas saíram às ruas pelo país para protestar contra o aumento das tarifas de transporte, a violência urbana, os custos da Copa do Mundo, a precariedade do serviço público, entre outras reivindicações. Devido à pressão popular gerada nos protestos, sete capitais brasileiras anunciaram a redução do preço da passagem de ônibus ainda neste mês – Cuiabá, João Pessoa, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife e Vitória.
Até o momento, as manifestações aconteceram em 12 capitais brasileiras e dezenas de cidades do interior. Apesar de pacíficos, alguns atos registraram vários conflitos entre a polícia e minorias radicais, resultando em depredação do patrimônio público e várias pessoas feridas. (portal Mogi Guaçu)
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