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O clima é tenso com a possibilidade do encerramento das atividades da Abengoa e demissões em massa. Mas, muitas perguntas estão sem respostas e os trabalhadores seguem atuando com muita preocupação.
E um possível fechamento da Abengoa pode representar prejuízos para muitas famílias, para o comércio, para fornecedores e arrendatários e até para o Poder Público. O impacto econômico e social nas cidades seria incalculável a curto prazo.
Para se ter uma ideia, segundo o Setor de Fiscalização Tributária da Prefeitura de São João da Boa Vista, a participação da Abengoa na composição do índice que distribui os 25% do ICMS destinados aos municípios, no corrente exercício, representou aproximadamente R$ 4,6 milhões na arrecadação municipal.
Em Vargem Grande do Sul, o prefeito Celso Itaroti (PTB) está preocupado, mas ainda não havia conseguido falar com a direção da empresa. Ele está solicitando uma reunião de emergência, segundo informou sua assessoria de imprensa.
Única certeza que se tem é que as usinas de São João e de Pirassununga dependem do que vai acontecer na Espanha. Conforme reportagem do jornal Valor, a Abengoa, cujo valor de mercado caiu para € 300 milhões na última semana, informou que tinha uma dívida financeira bruta de € 8,9 bilhões no fim do terceiro trimestre. Esse valor sobe para € 16,9 bilhões quando se inclui os € 2,1 bilhões que o grupo espanhol deve para seus fornecedores e os € 5,9 bilhões que a Abengoa tem em dívidas em subsidiárias que ela afirmou que podem ser vendidas.
ABENGOA NA REGIÃO
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As duas usinas compradas pela Abengoa, a São João, em São João da Boa Vista e a São Luiz, localizada em Pirassununga, foram adquiridas pelo grupo espanhol por US$ 297 milhões, além da assunção de dívidas de US$ 387 milhões.
A Abengoa adquiriu as empresas em agosto de 2007 do empresário Adriano Ometto. Ele vendeu para a Abengoa as duas usinas sucroalcooleiras administradas pela Dedini Agro. O mercado brasileiro de açúcar e etanol, na época, estava em ascensão.
No site oficial da empresa espanhola números registram as dimensões da usina em São João da Boa Vista.
A capacidade instalada é de 145 ML anuais de bioetanol, produção anual de açúcar da ordem das 360.000 toneladas, capacidade de produção de eletricidade de 201.500 MWh anuais, consumo de cana de açúcar de 3,5 Mt anuais.
Nos meses de agosto e setembro de 2010 foi iniciada a cogeração de energia elétrica de 70 MW, que utiliza o bagaço da cana de açúcar como a matéria prima utilizada em suas próprias usinas de fabricação de açúcar e etanol. fonte http://www.omunicipio.jor.br/Economia/2015/12/possivel-fechamento-trara-impactos-em-sao-joao-e-vargem.html
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