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Um editorial publicado nesta terça-feira (24) pela revista Nature, uma das mais importantes publicações científicas do mundo, abordou os riscos da fabricação e distribuição da chamada "pílula do câncer", desenvolvida pelo Instituto de Química da USP (Universidade de São Paulo) de São Carlos (SP). O texto afirma que "a triste verdade é que é pouco provável que a droga seja um milagre".
O texto ressalta que mesmo que as cápsulas de fosfoetanolamina sintética tenham algum benefício sobre pacientes que lutam contra o câncer, essa eficácia precisa ser comprovada e isso só acontece fazendo testes em humanos (o que não aconteceu ainda). O composto, mesmo sem ter passado pelos testes exigidos legalmente, começou a ser distribuído de maneira gratuita há alguns anos, mas no dia 29 de setembro o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) vetou essa distribuição.
Uma batalha judicial se formou. De um lado, pacientes insistindo no uso do produto, de outro, tribunais ora permitindo, ora negando o acesso. O ministério da Saúde decidiu recentemente criar um grupo de trabalho para estudar a pílula, mas orientou as pessoas a não tomarem o composto.
SP vai pedir liberação da Anvisa
Mesmo sem os testes em humanos, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou nessa segunda-feira (23) que vai solicitar à Anvisa a autorização o uso da substância pelos pacientes até que ela tenha aprovação final do governo federal.
O anúncio foi feito durante encontro com o professor Gilberto Orivaldo Chierice, do Instituto de Química da USP de São Carlos, que fabricou e distribuiu o composto por anos, no Palácio dos Bandeirantes.
Alckmin também ofereceu hospitais do Estado, institutos de pesquisa e o laboratório do FURP (Fundação para o Remédio Popular) para auxiliar nas próximas fases dos estudos para a aprovação do uso do fosfoetanolamina sintética em pacientes com câncer. leia matéria na íntegra em http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/ciencia/2015/11/24/para-naturee-pouco-provavel-que-pilula-do-cancer-seja-um-milagre.htm
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