Acidente matou jogadora e técnico de futsal em São João da Boa Vista, SP.
Após seis meses presos, os dois empresários responderão em liberdade.
Racha entre 2 caminhonetes termina com um morto e 2 feridos (Foto: Arthur Santos/arquivo pessoal) |
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu, nesta quarta-feira (23), um habeas corpus aos empresários Paulo Eduardo Noronha e André Toniza Sanches, acusados de participar de um suposto racha que resultou na morte da jogadora de futsal Paloma Heloísa da Silva e dotécnico José Carlos Chessa Luiz, o Foguinho, em São João da Boa Vista (SP), no dia 13 de julho do ano passado. Presos há seis meses, ambos deixaram o Centro de Detenção de Serra Azul (SP) na noite de quarta-feira. Segundo João Batista Augusto Junior, um dos advogados de defesa dos empresários, as provas colhidas durante o processo foram suficientes para que a Justiça reconhecesse que os acusados podem aguardar a conclusão do caso em liberdade.
“Houve uma colocação das testemunhas que afastou o racha. O processo em primeira instância corre em segredo de Justiça e essa questão me impede de entrar nos detalhes”, disse ele ao G1. O advogado de acusação Gustavo Massari informou que irá se reunir com a promotoria nos próximos dias para discutir estratégias e recorrer da decisão. Desde a prisão, os empresários tiveram dois habeas corpus negados pela Justiça.
O acidente
Vítimas de acidente após suposto racha em São João da Boa Vista (Foto: Reprodução/EPTV) |
O acidente aconteceu por volta das 3h do dia 13 de julho. Segundo a Polícia Civil, Paloma saía da Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial (Eapic) com a treinadora do time feminino de futsal Cristiany Borato e o técnico. Foguinho, como era conhecido, morreu na hora, e Paloma teve a morte declarada no final da tarde de sábado. A treinadora ficou ferida, mas foi socorrida e escapou da morte.
Segundo a polícia, duas caminhonetes tiravam uma racha na Rodovia Governador Ademar Pereira de Barros (SP-342), que liga Águas da Prata a São João da Boa Vista (SP), quando um dos veículos atingiu a traseira do carro em que estavam as três vítimas. O boletim de ocorrência relatou que os empresários estavam a 170 quilômetros por hora, mais que o dobro do permitido no local que é de 80 por hora.
Vídeo
Presos, os empresários foram indiciados por homicídio qualificado, embriaguez ao volante, prática de racha e lesão corporal dolosa. A dupla negou que participava de um racha no momento do acidente e sustentou a tese de que não saíram juntos de uma festa. O delegado seccional Sebastião Antônio Mayriques analisou depoimentos de testemunhas e imagens do circuito interno de uma empresa próxima ao local em que era realizada a Eapic de onde as vítimas tinham saído.
As imagens de câmeras mostram os três entrando no carro. Pouco depois é possível ver os comerciantes caminhando próximos um do outro. Em depoimento, eles disseram ter saído separadamente da festa. Na continuação das imagens aparece o carro de Foguinho já em movimento e, por fim, dois carros passando em alta velocidade. "O conjunto probatório demonstrou que os dois estavam tirando um racha”, afirmou o delegado na ocasião. (G1/São Carlos e região)
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