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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

MP apura denúncia de favorecimento em concurso da Unifae em São João

E-mail tinha nome de 3 professores que ainda não tinham realizado prova.


Vice-reitor afirma que planilha tinha simulações e descarta a anulação.


O Ministério Público investiga a denúncia de um suposto favorecimento em um concurso do Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino (Unifae), em São João da Boa Vista (SP).  O coordenador do curso de comunicação social enviou por e-mail uma planilha com os nomes de professores que iriam dar aulas no próximo ano, mas o concurso ainda não tinha sido realizado. A Unifae nega favorecimento e afirma que foram simulações.
A Unifae é uma instituição pública municipal que oferece 17 cursos de graduação. Segundo a denúncia, o e-mail enviado aos professores no dia 30 de novembro pelo coordenador do curso de Comunicacão Social, William de Oliveira, mostrava a grade de aulas para 2014 com os nomes dos professores de cada disciplina.
O problema é que na grade das aulas aparecem os nomes de três candidatas às vagas de professores. De acordo com o autor da denúncia, que não quis se identificar, isso indicaria que o centro universitário já contava com elas para o quadro de funcionários, antes mesmo das provas do concurso público terem sido realizadas.
Grade de aulas tinha nome de professores que ainda não tinham feito concurso em São João da Boa Vista (Foto: Reprodução/EPTV)
Grade de aulas tinha nome de professores que
não tinham feito prova (Foto: Reprodução/EPTV)
Segundo o edital, as prova só ocorreram nos dias primeiro, dois e três de dezembro. A lista de aprovados mostra que dois nomes, que já estavam na planilha, passaram em primeiro e em segundo lugares para o curso de jornalismo.
Simulações
A reportagem do Jornal da EPTV procurou o coordenador, mas quem se pronunciou foi o pró-reitor da universidade, Carlos Vichiatti. Ele negou qualquer tipo de favorecimento às candidatas. “Foram simulações na expectativa de profissionais estarem aqui ou não. Esse coordenador, que é profissional da área há muitos anos, fez essa simulação na extrema boa fé.

Podemos dizer que o coordenador poderia ter aguardado um pouco mais”, disse. O pró-reitor também argumentou que uma das candidatas que apareciam na planilha não foi aprovada no concurso. “Na boa fé que ele tinha colocado o nome da primeira, na segunda e terceira simulações essa primeira pessoa foi excluída, ao saber que não havia sido aprovada no concurso”, afirmou.

A reitoria vai apurar a denúncia, mas, por enquanto, descartou a possibilidade de anular o concurso. “Nesse momento a gente não aventa essa possibilidade. Dependendo do desenvolvimento das ações, senta-se e define-se para algo que possa ou não ser feito”, explicou o vice-reitor.
Nepostismo
O Ministério Público também investiga desde agosto deste ano uma suspeita de nepotismo, que é o favorecimento de parentes, em outro concurso público da Unifae. O promotor Guilherme Ataíde Ribeiro Franco informou que nesse caso já pediu documentos para o centro universitário e foi atendido. O pró-reitor disse que desconhece a denúncia de nepotismo. (G1/São Carlos e região)

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