Menino de três anos está internado em hospital em Vargem Grande do Sul.
Um menino de três anos, neto de Rosângela Maria Fabiano Moreira, de 47 anos, morta com suspeita de H1N1 em Poços de Caldas (MG), está internado em isolamento na Santa Casa de Vargem Grande do Sul (SP) também com suspeita da doença. A família da criança aguarda o resultado do exame que pode comprovar se ela está ou não infectada com a gripe. A mãe do garoto, Marcela Moreira, disse ao G1 que precisou buscar atendimento no interior de São Paulo após levá-lo em duas unidades de saúde em Poços de Caldas. O menino foi atendido em um hospital particular do município na madrugada deste domingo (2) e mandado de volta para casa após receber uma receita de analgésico. Em seguida, o garoto foi levado para a policlínica, onde ele foi atendido e recebeu a receita do antiviral tamiflu. No entanto, o menino foi mandado novamente para casa.
Ainda de acordo com ela, o garoto continuou apresentando sintomas como tosse e febre alta e preocupada com o quadro, Marcela tentou atendimento na cidade vizinha de São João da Boa Vista (SP), localizada a 40km de Poços de Caldas. “Eu já perdi a minha mãe por negligência no atendimento. A minha tia também está com suspeita de H1N1 e tomando tamiflu e agora ele ficou desse jeito. Eu fiquei com medo, desesperada e resolvi buscar atendimento em outra cidade”, disse.“Eu pedi à médica que o atendeu para fazer a coleta de secreção e comprovar se era gripe H1N1, mas em contato com a Vigilância Epidemiológica, ela foi informada de que isso seria impossível de ser feito, já que outras pessoas também estavam como meu filho. Eu percebi que a médica fez o que pôde, mas não conseguiu interná-lo”, contou Marcela.
Contudo, o garoto não chegou a ser atendido em um hospital particular de São João da Boa Vista e a família seguiu com ele para Vargem Grande do Sul, onde ele está internado em uma ala isolada e sendo medicado com tamiflu. No hospital, o garoto foi examinado e o raio-x constatou pneumonia. A secreção também foi colhida e enviada para comprovação laboratorial de circulação do vírus. “Ele está em uma área isolada e tanto eu como meu marido estamos com ele, também isolados. Estamos usando máscaras e luvas e tudo é esterilizado”, destacou.
Não há previsão de alta para o garoto e ele recebe a medicação e permanece internado nos próximos dias. Questionada sobre o problema, a secretaria de Saúde de Poços de Caldas, Aparecida Linhas Pimenta esclareceu que a criança foi atendida e medicada na policlínica. “Ele passou pelo médico, que receitou o tamiflu e achou que ele poderia ser tratado ambulatorialmente, ou seja, não apresentava nenhum quadro de gravidade clínica. Foi feito o exame, o médico viu que ele estava com uma gripe e avaliou que era preciso entrar com medicamento apenas”, justificou.
Ainda de acordo com ela, uma tia da criança também já foi medicada com tamiflu e teve secreção colhida para averiguação da doença. Segundo a secretária, orientação do Ministério da Saúde em 2013 é para que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) sejam notificados e que as unidades de saúde entrem com a medicação o quanto antes. “Em Poços temos 10 casos notificados, tanto homens, mulheres e crianças, todos em tratamento, já que neste ano a orientação do Ministério da Saúde é outra”, completou.
Morte de manicure
No dia 25 de maio, a manicure Rosângela Maria Fabiano Moreira morreu com suspeita de H1N1 em Poços de Caldas. No entanto, não foram colhidas amostras de secreção para o exame laboratorial que comprova a doença. A família da manicure ainda busca esclarecimentos sobre a morte, já que no atestado de óbito, as causas apontadas foram choque séptico, insuficiência respiratória e infecção pulmonar, mas no prontuário médico entregue à família consta pneumonia viral provocada por H1N1. No Sul de Minas, este ano, o primeiro caso de morte causado pelo vírus aconteceu em Extrema (MG). A vítima, um homem de 58 anos que morava na cidade, morreu no Hospital Universitário de Bragança Paulista (SP). (portal G1)
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