Segundo
dados, a cada 10 mil habitantes, 24,8 podem morrer por doenças cardiovasculares
Elaborado pela enfermeira Isabela Tofoli Ribeiro, com
a colaboração das auxiliares de enfermagem Cleide Ferreira de Freitas e Kelly
Cristina L. Bernardo e do médico José Raul Deolindo - todos da equipe da
Vigilância Epidemiológica - o estudo, intitulado “Boletim Epidemiológico de
Espírito Santo do Pinhal 2012” ,
faz um verdadeiro raio-x sobre a saúde da população pinhalense. “É importante o
conhecimento destes dados como forma de analisar o perfil sócio econômico do
município, o estilo de vida, os hábitos, pois as doenças são consequências
dessa interação de fatores, e uma simples mudança nesses mesmos fatores pode
trazer grandes benefícios aos munícipes. Os indicadores funcionam mesmo como
uma forma de conscientizar a população, pois eu acredito que a maioria das
pessoas desconhece esse perfil de morbi-mortalidade”, diz Isabela. De acordo com o levantamento, a cada 10 mil
habitantes, 24,8 têm risco de morrer por conta de doenças cardiovasculares, mas
também há casos de doenças respiratórias e neoplasias (algum tipo de câncer),
conforme análise das declarações de óbito, ao longo de 2012. Segundo a
enfermeira responsável pelo estudo, não foi surpresa esta constatação. Ela
afirma que isto demonstra o poder socioeconômico melhorado no município. “Essa
é a principal causa de morte nos países desenvolvidos”, compara, observando que
apesar disso, é preciso continuar os programas de prevenção de risco, por meio
de atividades físicas, consultas médicas entre outros programas de saúde
preventiva.
Dados
preocupantes
Dentre as surpresas apresentadas pelo estudo, Isabela
observa com preocupação a grande quantidade de profissionais de saúde sem a
vacina contra hepatite B - obrigatória para a categoria. Quando o estudo analisa a questão da natalidade,
revela que o número de mães na faixa etária entre 21 e 30 anos é predominante
em Pinhal, à exceção da zona rural, onde 31,8% das mães tinham menos de 21 anos
em 2012. Outra constatação é a alta porcentagem de mães adolescentes na Vila
Centenário. No mesmo quesito, os dados apontam que existem poucos partos
naturais no município. Mesmo com as ações dos profissionais de saúde em
promover a conscientização sobre a questão, enaltecendo os benefícios do parto
natural, no ano passado apenas 16,9% das mulheres aderiram à proposta, sendo
que 83,1% dos partos foram cesareanas. Outros casos vistos com preocupação foram: o aumento de acidentes com animais peçonhentos na área urbana;
a queda na quantidade de consultas de pré-natal; e altas taxas de tentativas de
suicídio. Para a responsável pelo estudo, o conhecimento do
perfil epidemiológico da população permite a criação e alteração das políticas
de saúde empregadas na cidade.
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