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sexta-feira, 10 de maio de 2013

Estudo aponta os problemas de saúde da população


Segundo dados, a cada 10 mil habitantes, 24,8 podem morrer por doenças cardiovasculares

As doenças circulatórias (cardiovasculares) são as principais causas de mortes em Espírito Santo do Pinhal. No município morrem mais homens do que mulheres. Na zona rural é alto o número de gravidez antes dos 21 anos e, na zona urbana, existe uma grande quantidade de acidentes com animais peçonhentos. Estes e outros dados fazem parte de um estudo realizado pela Vigilância Epidemiológica, com base nos atendimentos prestados à população nos postos de saúde, informações constantes em prontuários de pacientes e atestados de óbito, relativos ao ano passado.

Elaborado pela enfermeira Isabela Tofoli Ribeiro, com a colaboração das auxiliares de enfermagem Cleide Ferreira de Freitas e Kelly Cristina L. Bernardo e do médico José Raul Deolindo - todos da equipe da Vigilância Epidemiológica - o estudo, intitulado “Boletim Epidemiológico de Espírito Santo do Pinhal 2012”, faz um verdadeiro raio-x sobre a saúde da população pinhalense. “É importante o conhecimento destes dados como forma de analisar o perfil sócio econômico do município, o estilo de vida, os hábitos, pois as doenças são consequências dessa interação de fatores, e uma simples mudança nesses mesmos fatores pode trazer grandes benefícios aos munícipes. Os indicadores funcionam mesmo como uma forma de conscientizar a população, pois eu acredito que a maioria das pessoas desconhece esse perfil de morbi-mortalidade”, diz Isabela. De acordo com o levantamento, a cada 10 mil habitantes, 24,8 têm risco de morrer por conta de doenças cardiovasculares, mas também há casos de doenças respiratórias e neoplasias (algum tipo de câncer), conforme análise das declarações de óbito, ao longo de 2012. Segundo a enfermeira responsável pelo estudo, não foi surpresa esta constatação. Ela afirma que isto demonstra o poder socioeconômico melhorado no município. “Essa é a principal causa de morte nos países desenvolvidos”, compara, observando que apesar disso, é preciso continuar os programas de prevenção de risco, por meio de atividades físicas, consultas médicas entre outros programas de saúde preventiva.

Dados preocupantes

Dentre as surpresas apresentadas pelo estudo, Isabela observa com preocupação a grande quantidade de profissionais de saúde sem a vacina contra hepatite B - obrigatória para a categoria. Quando o estudo analisa a questão da natalidade, revela que o número de mães na faixa etária entre 21 e 30 anos é predominante em Pinhal, à exceção da zona rural, onde 31,8% das mães tinham menos de 21 anos em 2012. Outra constatação é a alta porcentagem de mães adolescentes na Vila Centenário. No mesmo quesito, os dados apontam que existem poucos partos naturais no município. Mesmo com as ações dos profissionais de saúde em promover a conscientização sobre a questão, enaltecendo os benefícios do parto natural, no ano passado apenas 16,9% das mulheres aderiram à proposta, sendo que 83,1% dos partos foram cesareanas. Outros casos vistos com preocupação foram: o aumento de acidentes com animais peçonhentos na área urbana; a queda na quantidade de consultas de pré-natal; e altas taxas de tentativas de suicídio. Para a responsável pelo estudo, o conhecimento do perfil epidemiológico da população permite a criação e alteração das políticas de saúde empregadas na cidade. 

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