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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

São João oferece castração de baixo custo aos animais domésticos

Não há gratuidade na operação, mas muitas parcerias possibilitam tal cirurgia

A castração de cães e gatos é a medida mais viável para o controle do crescimento desordenado destes animais.
“Para os donos, a castração beneficia por evitar gestações indesejáveis e problemas no sistema reprodutor do animal e para a sociedade, o benefício é a diminuição de animais abandonados nas ruas”, informa o médico veterinário Emerson Garcia,que realiza castrações gratuitas junto a Associação Protetora dos Animais (APAN) de Casa Branca. Segundo ele, esta operação também favorece a redução de doenças que possam ser transmitidas por cães e gatos ao ser humano. “O procedimento da castração visa o bem estar dos bichos, pois os animais de rua muitas vezes sofrem com fome, maus tratos, etc...”, explica o veterinário. A APAN, com apoio da Prefeitura Municipal de Casa Branca, mantém um programa social de castração gratuita de animais domésticos para famílias de baixa renda daquela cidade.
 
Em São João como funciona
Em São João da Boa Vista há uma rede multiinstitucional, interligada direta e indiretamente, para tratar da questão do bem estar animal e controle das populações de cães e gatos. São atividades que incluem o programa de castração realizado em parcerias da prefeitura, na figura do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), da USPA, do UniFEOB e algumas clínicas veterinárias voluntárias neste programa.

 Protetores independentes e outras ONGs também atuam de forma decisiva no recrutamento, encaminhamento e acompanhamento dos animais para castração, patrocinados pela própria sociedade. “Temos ainda muitos proprietários, que de forma particular, responsável, procuram profissionais para a esterilização dos seus animais”, afirma Roberto Hoffmann, veterinário e coordenador do CCZ.
 
Quantos são castrados
O número de animais castrados anualmente em São João, por não haver um sistema de informação, não dá para se estimar com exatidão. Hoffmann explica que o volume semanal de castrações varia conforme a demanda e a disponibilidade de serviço. “Entre março e outubro, foram castrados cerca de 500 animais entre cães e gatos, machos e fêmeas, nas clínicas conveniadas e hospital veterinário do UniFEOB”, levanta o coordenador do CCZ. O custo médio ficou em torno de R$ 54,00 por animal castrado e para os cofres públicos, cada animal saiu por menos de R$17,00, graças a participação dos elementos dessa rede.
 
Gratuidade
Hoffmann destaca que não existe castração gratuita, pois todo serviço veterinário, como o de qualquer profissional, tem um preço, e deverá ser pago por alguém. Como os preços praticados no programa são muito abaixo do mercado, a grande maioria das pessoas paga por ele, assumindo assim seu papel de dono responsável, que é o grande enfoque do programa -- a guarda e controle dos seus animais. “Os recursos públicos repassados para a ong ou aqueles angariados servem para subsidiar as castrações quando as pessoas têm dificuldade em pagar o valor integral, ainda que reduzido”, salienta o coordenador.
  
Fila de espera 
As pessoas interessadas devem procurar o CCZ ou a USPA para negociar a sua guia e, posteriormente, agendar a cirurgia diretamente com o prestador de serviço. As castrações são feitas, nestes preços reduzidos, por veterinários participantes do programa e pelo Hospital Veterinário do UniFEOB, em uma agenda permanente e contínua, durante praticamente todo o ano. O recrutamento dos animais é feito de diversas formas, como a demanda espontânea, necessidades ou maus tratos levantados em fiscalizações sanitárias, feiras de adoção, indicações, CCZ, entre outras.

“Diante de uma demanda qualquer, o proprietário ou responsável deve retirar no CCZ ou pela USPA, a guia de castração onde constará o valor a ser pago pelo serviço, e o próprio responsável deverá agendar na clínica ou hospital”, explica Hoffmann. (O Município/Daniela Prado)

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