Agricultor de Divinolândia (SP) foi à Sardenha buscar um trabalho melhor.
Pai tenta trazer os corpos para a cidade para fazer o sepultamento.
Laine e Weriston Passoni morreram em enchente na Itália (Foto: Reprodução/ Facebook) |
A família brasileira que morreu nas inundações da ilha italiana da Sardenha, na madrugada desta terça-feira (19), voltaria a morar no Brasil no início do ano, segundo o pai de uma das vítimas. Izael Passoni foi com a esposa e dois filhos para a Itália há oitos anos em busca de melhores oportunidades de trabalho. “Eles voltariam porque estavam se sentindo sozinhos”, relatou o lavrador Abel Passoni, de 72 anos. O agricultor de 42 anos trabalhava na plantação de batata e cebola em Divinolândia, mas com a crise na lavoura decidiu se mudar. Na Itália, ele conseguiu um emprego como jardineiro em uma casa onde também morava.
Izael, a esposa Cleide Mara, de 39 anos, o filho Weriston, de 21, e a filha Laine Kellen, de 17, dormiam no porão da casa na cidade de Arzachena quando o temporal começou. “Eles não perceberam a chuva, por isso não tiveram tempo de sair. Ninguém conseguiu comunicar a família, porque lá o telefone não pega”, explicou o pai. Abel recebeu a notícia da morte da família pelo telefone. “Um pastor da igreja de Milão me ligou às 5h para comunicar o fato. Agora estamos tentando trazer os corpos para Divinolândia para fazer o sepultamento aqui”, falou Abel. Segundo ele, o consulado-geral do Brasil em Roma já entrou em contato para tratar sobre o assunto.
Último contato
O lavrador contou que falava com o filho todas as semanas. O último contato por telefone foi no domingo (17). “A gente se falava sempre porque ele tinha muita saudade. Eles se casaram 22 anos atrás aqui em Divinolândia, então é todo mundo daqui. Mas estava tudo bem”, contou o pai. Segundo o consulado, a Cleide Mara era de Poços de Caldas. (Suzana Amyuni/ G1 São Carlos e Araraquara)
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