“Se ele fez isso comigo pode ter acontecido com mais alguém. Vou denunciar para que ninguém mais passe pelo que passei”, desabafou A. F M, de 27 anos, grávida de 9 meses.
Ela acusa o médico Mário Augusto Fuzetti Bueno de estupro durante duas consultas de pré-natal na Unidade de Saúde da Zona Norte, no Jardim Novo II, em Mogi Guaçu. Mãe de uma menina de 7 anos, ela conta que durante as outras consultas, quando não era necessário exames, o médico sempre a atendeu corretamente.
No primeiro exame de ‘toque’ ele estava acompanhado de uma atendente e também agiu corretamente. Mas durante a consulta do dia 30 de março o médico a atendeu sozinho. Ela disse que deitou na maca para medir a barriga e o medico ouviu o coração do bebê. Achando que a criança estava sentada, ele pediu para ela trocar de roupa porque faria exame de ‘toque’. “Mas senti diferença nesse exame. Ele tocava meu clitóris”.
A grávida disse que terminado o exame ele perguntou se ela tinha estrias. “Eu disse que não e ele pediu para ver e apertou meu bumbum e disse que estava com uma pele bonita, que não tinha estrias e só celulite. Achei estranho esse exame e comentei com meu marido e minhas cunhadas”. Mas ela deixou o assunto quieto.
Na consulta de retorno, na quinta-feira (6), novamente o médico a atendeu sem a assistente. O médico fez o exame na barriga sem problemas, mas pediu licença para tirar sua calça legging. “Achei estranho porque ele começou a me despir. Depois que estava em pé, ele perguntou se eu tinha dores na coluna. E pediu licença e abaixou minha calça até o joelho e apalpou meu bumbum e disse novamente no meu ouvido que minha pele era firme. Eu ainda estava de costas para ele quando ele abraçou minha barriga e disse que ia me medir com as mãos e começou a me apertar e dizer no meu ouvido que grande sua barriga, e percebi que ele estava excitado e ele começou a descer a mão na minha vagina. Ele percebeu que eu estava assustada e ainda me perguntou: eu te deixei constrangida? Eu só esperei ele me dar meus papéis e saí sem reação”.
Antes de ir embora, ela procurou a enfermeira-chefe da UBs e contou o que havia acontecido. “Eu só chorava e ela me orientou a ir à delegacia e registrar um Boletim de Ocorrência e ir na Ouvidoria do SUS”.
A ocorrência foi registrada na Delegacia de Defesa da Mulher e a queixa foi feita na Ouvidoria do SUS. E no final da tarde de ontem (7), com a orientação do advogado da família, a grávida voltou à delegacia e fez um Boletim de Ocorrência de ameaça porque a esposa do médico conseguiu seu endereço e foi até a residência da família querendo conversar com a grávida.
O advogado Fernando Henrique Lacerda também orientou a família da grávida a procurar a Santa Casa, onde o parto está marcado. “É um direito dela não querer ser atendida por ele, caso no dia ele esteja de plantão”. A Assessoria de Imprensa da Santa Casa informou que a vontade da paciente será atendida e que o médico não faz parte do Corpo Clínico, mas atua nos plantões. para continuar lendo, acesse a fonte no link https://gazetaguacuana.com.br/gravida-acusa-medico-de-estupro/
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