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sábado, 1 de agosto de 2015

Polícia Civil vai indiciar falso médico que atuava em Mogi Mirim

Ele será indiciado por falsidade ideológica e exercício ilegal da profissão


Santa Casa da Misericórdia de Mogi Mirim (Foto: Reprodução / EPTV)
Falso Médico atuava na Santa Casa da Misericórdia 
de Mogi Mirim (Foto: Reprodução / EPTV)
A Polícia Civil de Mogi-Mirim (SP) vai indiciar o falso médico que atuava no Hospital da Santa Casa de Misericórdia da cidade, Gustavo Fonseca, por exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica. O caso foi descoberto em março deste ano após a morte de um paciente com suspeita de dengue. O verdadeiro profissional, que teve o nome usado, registrou boletim de ocorrência.
O falso médico vai responder aos processos em liberdade e deve ser notificado do indiciamento pela delegacia de Divinópolis (MG), onde mora atualmente, de acordo com a apuração da EPTV, afiliada da Tv Globo. Sobre o inquérito que apura a morte de Ricardo Maiolo por suspeita de dengue, a polícia informou que ainda aguarda laudos e documentos para conclusão da investigação.
Morte paciente
A atuação do falso médico foi descoberta depois que o paciente Ricardo do Prado Maiolo, de 32 anos, morreu com suspeita de dengue. O rapaz foi atendido por um homem que se dizia médico e usava o nome de Gustavo Fonseca dos Santos. Na época, a família registrou um boletim de ocorrência acusando o hospital de negligência. Durante a investigação, o suposto médico foi chamado a prestar esclarecimento e foi a partir disso que a Polícia Civil chegou até o verdadeiro profissional, que nunca trabalhou na Santa Casa de Mogi Mirim.

Falsidade ideológica
O verdadeiro médico fez boletim de ocorrência por falsidade ideológica na semana passada. Além disso, o profissional disse estar surpreso com o caso, já que no dia da morte do jovem trabalhou em São Paulo. Para a família da vítima, as peças do quebra-cabeça começam a se encaixar.  "Isso só veio a calhar com as nossas reclamações na época do atendimento, que foi precário, insuficiente. Então, se existe o falso médico, só veio a confirmar a negligência", afirma Vera Lúcia do Prado, tia de Maiolo.

Mesmo nome
Gustavo Fonseca dos Santos tem exatamente o mesmo nome do médico verdadeiro, que mora em Campinas (SP). Em depoimento, ele confirmou ao delegado Luiz Roberto Ortiz que usava o número do registro dele para poder trabalhar na região. O suspeito contou, ainda, que mora em Divinópolis (MG) e que se formou em medicina na Universidade da Bolívia, em Santa Cruz de La Sierra, em 2013. Ele disse à Polícia Civil que se preparava para fazer a prova que daria o registro para atuar no Brasil.

O suspeito confirmou que trabalhava desde novembro de 2014 na Santa Casa da cidade e que chegou a dar plantão em outras cidades, sempre com intermediação da mesma empresa terceirizada. "Foi em Mogi Mirim, Mogi Guaçu e Itapira", afirma o delegado. Para fazer o contrato e poder atuar na região, o suspeito disse que em nenhum momento a empresa terceirizada, que presta serviço para a Santa Casa, exigiu a identidade do Conselho Regional de Medicina. "Ele forneceu o nome. Eles consultaram e viram que os nomes bateram", afirma Ortiz.  fonte http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2015/08/policia-civil-vai-indiciar-falso-medico-que-atuava-em-mogi-mirim-sp.html

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