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quarta-feira, 10 de junho de 2015

Cavalos de charretes recebem microchips em Poços de Caldas

Novidade é para acompanhamento da saúde dos cavalos da cidade


Discussão sobre charretes de turistas divide opiniões em Poços de Calda (Foto: Reprodução EPTV)
Cavalos de charretes recebem microchips
(Foto: Reprodução EPTV)

Os cavalos que puxam as charretes em Poços de Caldas (MG) começaram a receber chips com informações referentes a idade do animal e a identificação do dono. Com a novidade, será possível fazer um acompanhamento da saúde dos cavalos, que já foram, muitas vezes, alvos de maus tratos no município. O procedimento é rápido. Em poucos minutos, o animal está cadastrado junto ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da cidade. Segundo o charretista Ricardo Batista Relti, os três cavalos que possui já estão microchipados.  “Vai ser bom porque qualquer coisa que acontecer com o cavalo saberão que é nosso”, disse.

De acordo com o coordenador de Vigilância Ambiental, Jorge Miguel Ferreira do Lago, o trabalho é feito por uma equipe de três veterinários da prefeitura. “Os cavalos são examinados antes de receberem os chips. A carteira de vacinação deles também é conferida. Somente o animal que tiver o microchip que poderá fazer o trabalho”, disse.

Segundo a Associação dos Condutores de Veículos de Tração Animal, cerca de 150 cavalos são utilizados nos serviços de passeio de 49 charretes da cidade. Os que já possuem o chip são recadastrados junto à secretaria de Saúde.


Tradição x polêmicas
Há mais de 90 anos as charretes são usadas como atração turística em Poços, mas o assunto é motivo de polêmica, já que alguns moradores não concordam com o tratamento dado aos bichos. “Eu respeito a profissão de quem trabalha na área, mas sou contra a utilização de animais neste sentido”, disse o advogado Revelino Ferreira. A colocação dele vai ao encontro do que defendem os grupos de proteção e direitos dos animais da cidade. Várias denúncias já foram feitas, inclusive nas redes sociais, onde aparecem cavalos exaustos por conta do trabalho.

Petições contra os maus tratos e até mesmo uma audiência pública já foram realizados na cidade. Outro fato que chama a atenção são os animais soltos nas ruas. Segundo o CCZ, pelo menos 20 são encontrados longe dos donos todos os dias. Por isso, o uso do microchip pode ajudar na localização e notificação dos possíveis donos. “Isso vai ajudar muito e meio nos cavalos de pessoas desocupadas que ficam nas ruas e que as pessoas acham que cavalo perdido é de charreteiro. Se for, nós vamos punir”, finalizou Luiz Carlos Jonas, presidente da Associação dos Charretistas.   http://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/2015/06/cavalos-de-charretes-recebem-microchips-em-pocos-de-caldas-mg.html



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