Pentacampeão dá ultimato por ajuda e estipula prazo para fechar acordo. Caso contrário, vai deixar o clube, que ficará com o futuro em xeque na Série C
Presidente Rivaldo dá ultimato por parceiros e promete deixar clube se não tiver ajuda (Foto: Reprodução EPTV) |
A boa fase do Mogi Mirim dentro de campo na Série C do Campeonato Brasileiro contrasta com a crise financeira e administrativa do clube. Rivaldo chegou ao limite na espera por ajuda. A ameaça virou ultimato. Após o empate por 1 a 1 com o Madureira no último domingo, o presidente anunciou que vai deixar o Sapão se não arrumar um parceiro até o fim de maio. Sem o investimento do pentacampeão, o Mogi corre o risco de paralisar as atividades e abandonar a Série C.
- "Se até o dia 30 ou dia 31 não aparecer ninguém para me ajudar, eu também estarei fora e o Mogi vai fechar. Vou deixar tudo em dia, pagar funcionários, jogadores, fazer acordos. Não vou deixar nada para trás. E o Mogi, mesmo na liderança, pode fazer apenas mais seis jogos. Depois estarei fora caso não apareça alguém" - prometeu.
Rivaldo está aberto a conversas. Ele já até divulgou o celular e o e mail pessoais para facilitar o contato. Até agora, porém, não aparece nada de concreto. Recentemente, quando nomeou a mulher como vice-presidente e o filho Rivaldo Júnior, também atacante do time, para presidente do conselho, o pentacampeão fez uma auditoria nas contas e percebeu um verdadeiro rombo nos cofres. Segundo ele, o Mogi teve gastos de R$ 600 mil por mês durante o segundo semestre de 2013, quando o pentacampeão, sozinho, tirou R$ 3 milhões do próprio bolso para bancar os gastos. Desde a saída da Energy Sports, após o Paulistão de 2013, Rivaldo assumiu todas as despesas referentes ao time profissional.
Para não comprometer ainda mais o próprio patrimônio, o pentacampeão aguarda interessados em dividir os custos. Tem de ser 50% a 50%. Caso contrário, não interessa. Rivaldo até abre mão de largar a presidência caso o 'salvador da pátria' deseje trabalhar no clube sem a presença do pentacampeão, que, em desabafo, reitera: só quer o bem do clube. A falta de apoio na cidade é o que mais chateia o ex-jogador.
- "Não tenho apoio de ninguém, estou sozinho. É triste jogar para 300 pessoas, com um gasto de R$ 16 mil por jogo. Espero que não chegue ao ponto de deixar o clube. Tem de aparecer alguém sério. Se esse alguém quiser que eu saia do clube para ele ficar, eu saio. Não tem problema. É questão de ser conversado. Depois, vão ficar falando que eu fechei o Mogi, mas não posso deixar aqui tudo que ganhei no futebol. Gosto da cidade, tenho amor pelo Mogi, mas tudo tem um limite. O Mogi pode terminar líder e sequer disputar a Série C depois da Copa."
Depois da coletiva, Rivaldo também divulgou a sua decisão em uma rede social.
- "Hoje tomei a decisão que vou sair no final do mês do Mogi Mirim caso não apareça um investidor ou comprador, fiz a minha parte e lamento essa possibilidade de encerrar a história do clube que me projetou para o futebol profissional. Há 6 anos que venho colocando dinheiro de meu patrimônio e sem o apoio e incentivo que realmente preciso, já não dá mais para continuar assim. Quero agradecer aos torcedores fiéis que sempre me apoiaram e acreditaram junto comigo."
Diante da declaração de Rivaldo, o gol no fim do Madureira que tirou o aproveitamento de 100% do Mogi na Série C foi o menor dos golpes. Uma campanha que até agora tem duas vitórias e um empate está com o futuro em xeque. Rivaldo deu o ultimato. fonte: GloboEsporte.com/Mogi Mirim
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