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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Comerciante que matou irmão se entrega à polícia

Demonstrando arrependimento, Rodrigo Moreira de Castro prestou depoimento e foi liberado.
O comerciante Rodrigo Moreira de Castro, 24, se apresentou espontaneamente à Polícia Civil, na tarde de ontem (9). Ele é acusado de matar com um tiro no peito o irmão mais novo, Rogério Moreira de Castro, 20, em Mogi Guaçu.
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Rogério foi morto com um tiro no peito na última quinta-feira (5). (Foto: Alair Junior)
Acompanhado de um advogado, Castro chegou à Central de Polícia Judiciária por volta das 15h30, e prestou depoimento. Ele estava foragido desde quinta-feira (5), quando protagonizou a tragédia familiar ocorrida em frente à sua loja de bebidas. Depois de ferir o irmão, Castro pediu ajuda a um vizinho e ambos socorreram a vítima até o PPA (Posto de Pronto Atendimento), mas o jovem não resistiu e morreu minutos depois no hospital. A arma utilizada no crime já havia sido apreendida pela Polícia Militar.
De acordo com a Polícia Militar, Rogério passou em frente ao beer em uma moto Yamaha 125, azul, e efetuou dois disparos com um revólver de calibre 38. Os tiros atingiram a parede e a porta da loja de bebidas. Em seguida, Rogério virou a moto e, ao retornar, foi surpreendido por Castro que, armado com um revólver de calibre 38, disparou um único tiro que atingiu o peito de Rogério.
Ao ouvir os tiros, Wellington Donizete Gomes da Costa, 25, morador da casa ao lado, saiu e viu Rodrigo arrastando Rogério para dentro do estabelecimento. Ele também esclareceu que ajudou Castro a socorrer o irmão. A PM vistoriou o Volkswagen Fox, preto, no entanto, não encontrou nada de ilícito.
Quando chegaram à loja de bebidas, os PMs André e Bardela encontraram a comerciante Ingrid Aparecida da Rosa, 22, noiva de Rodrigo. “Ela estava limpando as manchas de sangue deixadas dentro do beer”, observaram os policiais, que revistaram o comércio e encontraram três revólveres escondidos atrás de uma estante. “São duas armas de calibre 38. Uma dessas armas estava carregada com quatro projéteis intactos e a outra tinha quatro projéteis sendo dois deflagrados. A arma de calibre 32 estava carregada com cinco projéteis, sendo três deflagrados”, mostraram os policiais.
Desacordo comercial
Segundo familiares, o motivo da briga entre os irmãos é um desacordo comercial envolvendo o terreno onde a loja de bebidas foi construída. Segundo Carlin Moreira de Souza, tio dos envolvidos, o terreno onde o beer foi construído foi um presente da mãe deles. Rodrigo é o dono do comércio e teria comprado a parte de Rogério, no entanto, ambos se desentenderam quanto ao valor da propriedade. “Eles estavam brigando por causa do dinheiro”, contou Souza. O corpo de Rogério foi velado no dia seguinte no cemitério do Jardim Santo Antônio, sem a presença de Castro.
Após prestar depoimento, o comerciante, que demonstrou estar arrependido, foi liberado e responderá ao caso em liberdade. (Mogi Guaçu Acontece)

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