Funcionários têm salários atrasados e população reclama de atendimento. Provedoria diz que repasses do SUS e do Iamspe voltaram a ser liberados
Os problemas na Santa Casa são confirmados até pelos funcionários, que preferem não se identificar. “Nós fechamos dois meses de pagamento, mas recebemos só metade de um mês”, disse um deles. A clínica médica que fica no andar superior da instituição funciona com a capacidade reduzida. “Fechou um pavilhão que ocupava 20 leitos e querendo ou não os pacientes precisavam”, afirmou.
Recursos
A receita mensal da instituição é de R$ 290 mil, resultado dos repasses da Prefeitura, do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe), além de doações. Com a dívida milionária, a Santa Casa foi inscrita no Cadastro Informativo (Cadin), uma espécie de serviço de proteção ao crédito, e com o nome sujo deixou de receber verbas.
“Há três meses estávamos sem a liberação do SUS e do Iamspe e graças a Deus conseguimos tirar o nome do Cadin e foram liberados ontem e hoje”, comentou a provedora Mariluci Lopes Faria. Com a retirada do nome do Cadim, a Santa Casa vai receber os valores referentes a três meses e as dívidas mais urgentes serão resolvidas. “Vai ser pago tudo o que esse dinheiro tem que pagar, que são os procedimentos médicos, dos suprimentos do hospital todo, dos pacientes que foram atendidos e vai ser feito o pagamento da segunda parte dos salários dos funcionários do hospital”, explicou o diretor Gaspar Souza.
Leitos
A média de partos realizados no mês é de 16, número considerado baixo pela direção do hospital. Por isso, a maternidade que já teve alguns partos realizados em outra cidade durante as férias do único obstetra, corre o risco de fechar as portas. Uma reunião entre a provedoria da Santa Casa e a Diretoria Regional de Saúde vai discutir o que será feito. “Corre o risco de fechar, sim, por falta de profissionais porque no município não existe profissional disponível para essa especialidade”, disse Gaspar.
A reunião para definir o futuro da maternidade está marcada para sexta-feira (6) e a Prefeitura informou que ajuda o hospital com repasses e com o pagamento dos plantões à distância. (G1)
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