Jornalista participou de bate-papo sobre o livro ‘Saga Brasileira’ no Flipoços.
Escritora comentou também de novo projeto literário para 2014.
“Como jornalista eu vivi o dia a dia dessa luta e me emocionei”, disse a jornalista Míriam Leitão sobre o premiado livro ‘Saga Brasileira’, tema do bate-papo realizado nesta quinta-feira (2) no Festival Literário de Poços de Caldas (MG), o Flipoços. Com mediação da também jornalista Mona Dorf, a conversa desmistificou parte da economia brasileira e das transições de moeda e tempos de inflação, acompanhados re contados na obra que em 2012 levou o prêmio Jabuti. Aliás, foi sobre isso que ela começou falando. “Eu não acreditei quando abri meu e-mail e li: você ganhou o Jabuti. Falei: não, não. E reli: você ganhou o Jabuti, mas quando comecei a escrever pensei: é um livro que vai encalhar”, brincou .Entretanto, a obra conquistou o público e como definiu Mona Dorf. “Fala de histórias reais e nós vivemos a economia todos os dias e ela muda a nossa vida. Ao ler me lembrei de quando meu filho nasceu, em 1986 e enfrentávamos a falta de alguns alimentos no supermercado e era uma dificuldade fazer papinha”, recordou.
As declarações foram feitas em meio a leituras de pequenos trechos do livro e que conquistaram o público presente, como a estudante Mariana Dias Macedo. “Eu não conhecia os livros, mas depois das leituras e do bate-papo não tive como não comprar”, declarou. Sobre o livro ‘Convém Sonhar’, que reúne textos publicados ao longo da carreira, Míriam fez quase um desabafo. “O difícil em ter uma coluna é que você tem que ser capaz de fazer uma coluna todos os dias, estando triste ou feliz”, comentou. E esta capacidade é que fez com que ela se emocionasse com o confisco do dinheiro na época do Governo Collor. “Eu me lembro que no dia em que tudo aconteceu eu terminei minha coluna e chorei, porque pensei: o brasileiro não vai mais poupar ou confiar na caderneta. Mas nós sobrevivemos e melhoramos o Brasil no meio desta confusão e eu, como jornalista, vivi cada um desses momentos”. Por fim, Míriam falou sobre o projeto de um novo livro, que deve ser publicado em 2014 e vai trazer uma “História do Futuro”, como é chamado provisoriamente. “Este livro trará visões sobre os programas implementados pelo Lula, como o bolsa família, bolsa escola, entre outros projetos que vieram na tentativa de tornar o Brasil um país melhor já que agora a desigualdade começou a incomodar e o desejo é construir uma sociedade multiétnica, que até então é branca demais e não podemos ter uma elite branca como esta. Ela tem que ter a cara do país”, pontuou.
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